Amigos e familiares da policial militar Juliane Santos Duarte se reunem desde o início da tarde dessa terça-feira (7) no Cemitério Municipal Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Em frente ao local, é possível ver carros da Polícia Militar, Bombeiros, Polciamento Rodoviário, Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e de cidades do Grande ABC.
O que se sabe sobre a morte da PM que havia desaparecido em SP; O corpo de Juliane Duarte, de 27 anos, foi encontrado no porta-malas de um carro na noite desta segunda-feira (6). Até o momento, um suspeito foi preso
O corpo da policial chegou ao cemitério por voltas das 7h da manhã.
Rodeado por diversas coroas de flores, o caixão permance lacrado desde o início da cerimônia. Em cima, um porta-retrato e cinco rosas brancas.
"É muito complicado perder alguém, ainda mais de uma forma tão trágica, sem entender o motivo", diz um amigo ao se aproximar e olhar a foto da policial.
Cerca de 100 agentes prestam suas últimas homenagens ao lado dos familiares de Juliane. O clima é de muita tristeza e indignação.
Homem é preso por suspeita na morte de PM desaparecida; Suspeito, de 45 anos, teve a prisão temporária decretada por 15 dias. Corpo da PM Juliane Duarte foi encontrado nesta segunda-feira (6)
le está detido na carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi). A polícia ainda investiga a participação de outros suspeitos no crime. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) chegou a oferecer a recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o caso.
A polícia identificou, através de imagens de uma câmera de segurança, um suspeito deixando a motocicleta da PM numa rua próxima à praça Panamericana, na zona oeste de São Paulo, na quinta-feira (2). As autoridades, no entanto, não informaram se este é o mesmo homem que foi preso.
A informação sobre o suspeito flagrado pelas imagens veio através de uma denúncia anônima recebida por agentes de outro distrito policial e repassadas à equipe coordenada por Antônio Sucupira, delegado 89° DP (Portal do Morumbi), responsável pelas investigações do caso. Dez viaturas foram até o local que teria sido apontado na denúncia anônima, mas a pessoa não foi localizada até o momento.
"A equipe chegou ao local, mas ele não estava", afirmou Sucupira. De acordo com o delegado, só hoje a polícia recebeu quatro denúncias de moradores de Paraisópolis sobre o caso. "As pessoas estão colaborando muito e passando todas as informações". O nome do suspeito é mantido sob segredo para não prejudicar as investigações.
Entenda o caso
Por volta das 12 horas da quinta-feira (3), o desaparecimento de Juliane foi registrado por um casal no 89º DP (Morumbi). Juliane teria ido à casa de amigos na quarta-feira (2) e, segundo testemunhas, teria ficado o dia todo lá. Mais duas amigas teriam chegado a residência e quando a bebida terminou todos foram a uma outra casa.
Dessa segunda casa, também na companhia de duas amigas, Juliane foi para o bar de Paraisópolis para continuar a comemoração. De acordo com Sucupira, Juliane teria ido ao banheiro e quando voltou percebeu uma movimentação na mesa. Na ocasião, um celular de um rapaz que também estava na mesa teria sido furtado.
Às 4 horas da madrugada de quinta-feira, Juliane teria, então, sacado a arma e se identificado como policial, questionando se alguém teria pego o celular. "Depois que ela sacou a arma, surgiram quatro indivíduos perguntando quem era policial e a identificaram", afirma o delegado.
Ainda segundo as testemunhas ouvidas pela polícia, próximo ao bar teriam ocorrido dois disparos que teriam atingido Juliane. "Só poderemos saber se ela foi atingida e por quantos tiros depois que encontrarmos o corpo", diz Sucupira.
Até o início da tarde de sexta-feira, foram ouvidas três testemunhas que estavam com Juliane no bar de Paraisópolis. A policial atuava na 2ª Companhia do 3º Batalhão Metropolitano, responsável pelo patrulhamento em parte do Jabaquara, na zona sul.
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