Vinte e oito presos e três agentes penitenciários ficaram feridos durante a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), segundo o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen).
O motim, que durou 43 horas, terminou na manhã deste sábado, após a liberação do último agente, que havia sido feito refém.
Segundo o Departamento, 16 presos feridos foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Veneza.
Na manhã de sexta-feira (10), o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) relatou que dois presos tinham sido mortos na rebelião. Contudo, no início da noite, o diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo de Moura, corrigiu a informação, e disse que apenas uma morte havia sido confirmada.
Dois túneis foram encontrados na PEC, segundo o departamento. O Depen disse que ainda não possui a confirmação de número de fugitivos, o que só será possível após a contagem dos presos e levantamento final sobre os danos estruturais da penitenciária.
O diretor ressaltou que as visitas de familiares foram suspensas na PEC, até que se concluam as reformas no local. Apenas policiais, agentes e funcionários que prestam serviços na penitenciária poderão entrar.
Cartaxo informou que trata-se de um "estado de exceção" e que não há previsão de quanto tempo as reformas devem levar até serem concluídas.
No período de suspensão de visitas, segundo ele, o Depen vai fornecer informações sobre os presos aos familiares. Durante os trabalhos de reconstrução, os presos vão permanecer dentro da penitenciária, segundo o Departamento.
Negociação com os presos
Ainda segundo Cartaxo, os presos demoraram a estabelecer uma liderança para a negociação.
O diretor do Depen negou que a rebelião tenha sido iniciada por briga entre facções criminosas. De acordo com ele, houve uma falha procedimental que será investigada.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a PEC foi projetada para receber 1.160 presos, mas abrigava 980 antes da rebelião.
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