Uma apreensão realizada hoje (24/08), pela Polícia Federal (PF), aumentou ainda mais a preocupação das forças de segurança que combatem o tráfico de drogas no Amazonas.
Trata-se de embalagens com cocaína encontradas nas malas de três viajantes de uma embarcação de passageiros, navegando pelo rio Solimões, vinda de Fonte Boa (AM).
As embalagens da droga estampam a imagem de Jesus Malverde, uma lenda mexicana, espécie de Robin Hood, adotado pelo cartel de Sinaloa como padroeiro. Ele é chamado de “narco-santo”.
A enciclopédia online Wikipedia afirma que os traficantes cultivam a imagem de Malverde, devolvendo parte do que vendem em drogas, principalmente para a classe média norte-americana, em escolas, estradas e celebrações comunitárias nas cidades onde atuam.
Sinaloa é um dos Estados mexicanos e deu nome ao mais antigo cartel do tráfico de drogas do País. É um dos sete em atividades, segundo a polícia. Eles produzem cocaína e heroína, que despejam nos EUA, mas compram maconha. “Qualquer crise de produção os traria direto para a Amazônia peruana, colombiana ou boliviana, em busca de mais cocaína e, especialmente, de maconha e skunk”, disse um delegado que atua no combate ao tráfico. “Parece que ainda estão tentando fazer do Amazonas um caminho de escoamento”, avalia.
Não está descartado também que um dos grupos criminosos que atuam no tráfico no Estado tenha se associado, como fornecedor, ao Sinaloa. O mais provável é que sejam da Família do Norte (FDN), que enfraqueceu o Primeiro Comando da Capital (PCC) com assassinatos, tendo protagonizado o massacre do Compaj, no Réveillon deste ano, com mais de 56 mortos.
A apreensão dos 35kg de cocaína foi feita pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF do Amazonas, na madrugada de hoje (24/08). Um dos presos apresentou documento falso aos policiais federais, pois é foragido da justiça e já possui diversas passagens criminais por tráfico de drogas.
Aeroporto
Também hoje, mas pela manhã, a DRE apreendeu, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, outros 5kg de entorpecente, só que desta vez skunk, a maconha industrializada, hidropônica. Foi presa em flagrante a responsável pelo transporte, de 28 anos, quando tentava embarcar.
A droga, que estava na bagagem da viajante, tinha como destino final a cidade de Goiânia e ela confessou que receberia R$ 2 mil pelo
transporte.
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