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Em Manaus, agente penitenciário diz que foi contratado por R$ 1 mil para entregar 'encomenda' na Vidal

06/02/2017 às 12h49 Atualizada em 06/02/2017 às 18h37
Por: Portal Holofote Fonte: D24am
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Foto: Divulgaçã
Foto: Divulgaçã

 

O agente penitenciário Hermes Alberto Ugarte Júnior, 62, afirmou, em depoimento, que iria receber R$ 1 mil para entrar na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro, com 16 celulares, drogas e ou outros objetos ilícitos. O material, segundo o servidor, seria entregue ao detento Jones dos Remédios Martins, o Bactéria, que já tinha sido beneficiado por ele há cerca de duas semanas com um celular, conforme declarou Hermes no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). 

Hermes foi preso, no último domingo (5), quando tentava entrar na unidade prisional, onde trabalhava há cerca de 20 anos, com 500 gramas de droga (maconha e cocaína), 16 celulares, 11 carregadores, 11 fones de ouvido, 2 baterias, 1 serra, 5 alicates, 2 chaves de fenda, 1 martelo, 2 tesouras, 2 bocais de lâmpada, 3 chaves de algema, 1 espelho e R$ 1.459,50 em dinheiro.

Em depoimento à polícia, Hermes disse que havia sido ‘contratado’ pela mulher de Jones Bactéria, identificada por ele como Jéssica, para entrar na cadeia e entregar materiais de higiene e comida ao marido. O servidor disse, ainda, que há cerca de duas semanas já havia levado um celular e entregue ao mesmo preso. Pelo ‘serviço’ afirmou ter recebido R$ 100. 

De acordo com a delegada do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Fernanda Antonucci, à policia, Hermes informou que o dinheiro apreendido era dele. “Mas informou que receberia R$ 1 mil após a entrega de objetos de higiene e comida para o interno e que foi até a Avenida Getúlio Vargas pegar esse material com a mulher do preso”, disse Antonucci. 

De acordo com a delegada, Hermes foi autuado por tráfico de drogas e promover a entrada de aparelho celular em estabelecimento prisional. O servidor será encaminhado para audiência de custódia, que decidirá se ele será ou não enviado a uma unidade prisional.

Jones Bactéria foi transferido da Unidade Prisional do Puraquequara para a Cadeia Pública logo após o início da crise carcerária, que começou com a morte de 56 internos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e fuga de 78 internos do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat).

Bactéria foi condenado a 24 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte) do taxista Classys Clay Mota Lima, em setembro de 2009, no São José, zona leste de Manaus.

Outras práticas

O servidor também informou à polícia, que ‘ouviu falar que outros agentes levam armas, celulares e drogas para dentro da cadeia para entregar para outros presos’. Apesar da denúncia, Hermes, que já estava sendo monitorado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), não citou nomes.

O secretário da Seap, Cleitman Coelho reforçou que a secretaria está intensificando as revistas e abordagens em familiares de internos, funcionários do sistema e demais pessoas que circulam nas unidades, para coibir a entrada de materiais proibidos nas unidades prisionais.

"Os procedimentos de revistas estão mais rigorosos e iremos encaminhar a delegacia toda e qualquer pessoa que for flagrada com materiais que não são permitidos nas unidades", disse o secretário.

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