O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados dos Brasil (OAB-AM), Epitácio Almeida visitou a Cadeia Raimundo Vidal Pessoa, após a rebelião que resultou na morte de quatro detentos neste domingo (8), e informou que há mais cinco internos desaparecidos.
"Estamos hoje pagando pela consequências da ausência do governo de muitos anos e infelizmente isto tem custado vidas. Três detentos foram decapitados e um morreu asfixiado na cela por conta do fogo que colocaram. Mais dois foram pro hospital, e um já teve alta", adiantou.
O advogado não sabe dizer o que aconteceu com os intentos que estão desaparecidos. "É possível que ela tenham fugido durante a confusão".
Segundo ele, a situação dentro da cadeia pública foi controlada e os detentos estão dentro das celas. Do lado de fora, mulheres pedem que a diretoria forneça comida aos internos. Segundo Epitácio Almeida, a alimentação já foi fornecida.
Quatro mortos na Vidal Pessoa
Quatro presos foram mortos durante um tumulto dentro na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. A confusão iniciou por volta das 1h30 da madrugada deste domingo.
De acordo com o secretário de Administração Penitenciária (Seap), Pedro Florêncio, destes mortos, três foram decapitados. Ainda segundo o secretário, apesar de não ter ocorrido fuga, neste momento está sendo realizada uma contagem dos presos e limpeza da cadeia. O Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção dos corpos dos mortos ainda durante a madrugada.
O Comitê de Gerenciamento de Crise da Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou as mortes e informou que um dos presos foi morto por asfixia. A SSP disse ainda que a causa do tumulto foi uma briga de "motivo desconhecido" e as mortes serão investigadas.
Policiais do Batalhão de Choque saíram da cadeia por volta das 9h. Segundo o secretário Pedro Florêncio, durante a revista desta manhã (8), foram encontradas armas brancas, do tipo faca de cozinha. Alguns familiares de detentos chegaram a bloquear a rua Duque de Caxias e queimaram pneu e lixo.
Durante a rebelião foram destruídos colchões e policiais da Companhia de Operações Especiais (COE), Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Batalhão de Choque, Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) e Bombeiros foram acionados para conter a movimentação.
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