Ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta ganhou os holofotes da nação há um ano, quando passou a fazer parte cotidianamente do noticiário com a chegada ao Brasil do novo coronavírus. Médico ortopedista nascido em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, há 56 anos, Mandetta assumia ali a condução da maior crise sanitária na história do Brasil. Com voz pausada, informações precisas e sinceras, foi conquistando prestígio e passando confiança. No entanto, despertou a ira do presidente da República, enciumado com o fato de um ministro estar tendo tanto destaque, e caiu no caldeirão fervente da fritura política. Foi demitido com a popularidade lá em cima, tanto que se coloca no páreo da sucessão presidencial. Um ano depois, Mandetta fala nesta entrevista que o país está à beira do colapso na Saúde, sem comando, sem vacinas suficientes. E projeta ainda para este mês um salto assustador do número de casos na Região Sudeste.
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