A polícia de Roraima acredita que o trabalho do apresentador Romano dos Anjos pode ter motivado o sequestro do jornalista, ocorrido na noite da segunda-feira (26). A principal linha de investigação é saber se as denúncias de corrupção que o jornalista vinha fazendo na TV Imperial, afiliada da Record TV em Roraima, têm relação com o crime.
O jornalista permaneceu 12 horas desaparecido e agora a polícia procura imagens de câmeras de segurança para investigar a ação dos suspeitos. Romano dos Anjos foi encontrado na manhã da terça-feira (27) em uma região de mata por um funcionário de uma empresa de energia elétrica que passava pelo local.
A Secretaria de Saúde de Roraima informou que o jornalista deu entrada no Hospital Geral de Roraima, na manhã da terça-feira e foi recebido no GT (Grande Trauma) pela equipe médica multidisciplinar composta por ortopedistas, cirurgiões e clínico geral.
Segundo a pasta, o estado de saúde é estável, consciente e sem sangramento. Após avaliação, foi identificado que Romano apresentava múltiplas lesões nas regiões de membros inferiores e superiores, sem fraturas expostas. "O paciente foi prontamente encaminhado para o centro cirúrgico para correção de fratura de Úmero Esquerdo e Luxação de Braço Direito", informou a secretaria.
Durante o exame clínico ficou evidente que regiões de órgãos nobres foram poupados incluindo cabeça, tronco e abdômen, que não foram afetados. Por meio de exame físico foi confirmado que não houve corte de língua.
Segundo a equipe médica, Romano dos Anjos não corre risco de morte e está sob cuidados de uma equipe multidisciplinar de médicos.
Investigações
O delegado Herbert Cardoso afirmou que o jornalista conseguiu pegar um galho para utilizar como apoio. Assim, ele conseguiu andar por cerca de 800 metros para pedir socorro. A polícia apurou que os homens trocaram de veículo durante o trajeto e abandonaram o carro do jornalista em chamas em meio a rodovia BR-174, uma das principais do estado.
Romano dos Anjos foi ouvido informalmente pela polícia e afirmou que não havia recebido ameaças e que os homens que o sequestraram falam em "cofre". Segundo o jornalista, estariam interressados em quantias em dinheiro.
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