O professor Vinícius Pompeo, de 37 anos, foi denunciado por estupro de vulnerável após relatos de ex-alunas da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. constrangedoras vividas em sala de aula entre 2011 e 2019.
Quatro ex-alunas do professor relatam que, na escola, o professor de História acariciava suas partes íntimas, agarrava-as pela cintura, dava beijos no pescoço e fazia com que alunas sentassem em seu colo durante as aulas. Uma delas, que conviveu com Pompeo dos 12 aos 16 anos, diz que ainda tem dificuldade em elaborar o que aconteceu
“Era puxada para sentar no colo dele. Me sentia culpada e maldosa. Não deveria depender da gente, com 16 anos ou menos, conseguir reconhecer e identificar tudo isso”, disse uma das alunas.
O comportamento do professor veio à tona após uma série de relatos nas redes sociais. Desde o final de junho, a conduta do educador é investigada pela Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPPCA) de Santa Maria.
Outra ex-aluna contou que o professor beijava seu pescoço e dizia que era muito cheirosa.
“Beijava meu pescoço e falava que, além de tudo, eu era cheirosa. Tinha abraços longos. Ficava conversando e a mão escorregava para os peitos, bunda, coxa. Ficava apalpando enquanto abraçava. Mexendo, a mão subia e descia. Isso na frente de colegas, em rodas de conversa”, disse.
Outra ex-aluna contou que Pompeu pegava em suas partes íntimas e se sentia culpada por tudo isso.
“Passava a mão na coxa e na bunda. Na época, me sentia muito coagida a fazer as coisas que ele fazia com a gente para ter aquela aceitação que precisávamos ter com ele. Se não fôssemos carinhosas, ele ia pegar no nosso pé. Era uma relação de hierarquia. Hoje penso: como que pode um professor fazer esse tipo de coisa com alunas de 12 e 13 anos? É um absurdo. Professor é para ser uma pessoa de confiança. Ele usava o poder sobre as alunas para benefício dele”, explica.
Negação
Em depoimento à polícia, Pompeo negou os relatos e disse que os fatos não ocorreram da forma como foram narrados pelas ex-alunas.
Responsável pela defesa do indiciado, o advogado Jader Marques disse que “foram anexadas ao inquérito inúmeras provas que demonstram a inocorrência dos fatos. Outras provas já foram obtidas e serão trazidas ao processo para demonstrar, definitivamente, a inocência do seu cliente”.
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