Desaparecida desde o dia 22 de maio, a autônoma Viviane Lemos, de 21 anos, finalmente foi encontrada na tarde desta quarta-feira, dia 3, após mais de dez dias sendo mantida em cativeiro e sendo forçada a se prostituir. A vítima não registrou o caso na polícia por medo, mas a mãe conversou com exclusividade com o Polícia24h.
Segundo ela, a filha chegou desorientada e foi encontrada na rua onde mora, no bairro de Petrópolis, na zona sul, por um vizinho.
Ao chegar em casa Viviane contou a mãe que os criminosos que a raptaram lhe forçavam a usar grandes quantidades de droga constantemente, assim ela não conseguiria identificar com clareza o local onde estava, nem as pessoas que a capturaram. Nas poucas vezes em que esteve lúcida, a vítima contou a mãe que pedia para ser levada para casa por causa da filha pequena.
“Ela me disse que eles deixavam ela trancada, davam somente água e diziam que ela ia virar a garota de programa deles. Mas eles nunca tocaram nela”, contou dona Gigliane Lemos, mãe de Viviane.
Durante os dias no cárcere, Viviane relatou à família que estava sempre acompanhada por um ou dois homens. Até quando ela ia ao banheiro era vigiada pelos criminosos.
“Ela conta que nunca deixaram ela sozinha, mesmo quando a levavam para algum local onde ela tinha que se prostituir para trazer a droga, sempre tinha alguém vigiando”, detalha a mãe.
‘Ouvia uma voz’
Depois de perder a esperança de voltar para casa, Viviane foi deixada um dia sozinha dentro de casa. Segundo a mãe, ela contou ter ouvido uma discussão entre os homens da casa e depois todos saíram. Foi nessa hora que a vítima disse à família ter ouvido uma voz mandando ela fugir.
“Ela contou que ouviu uma voz, dizendo para que ela olhasse para a direita e para frente, foi quando ela encontrou a faca e conseguiu escapar daquele local”, relatou a mãe.
Como ela chegou em casa e como ela foi raptada ainda ficou claro para a família. Segundo a mãe, Viviane ainda está muito debilitada pois teria ficado todos esses dias sem comer.
A família nos contou que não irá registrar o caso na polícia, pois teme que o pior aconteça. Segundo dona Gigliane, depois que a filha voltou para casa, um homem tem rondado a casa deles. “Estou tomando providências para proteger a mim e minha filha, não vou mais deixar que nada aconteça com ela”, afirmou a dona de casa.
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