Publicidade

Governo Federal nega apoio para enviar estoque de caixões a Manaus

Por conta da pandemia de coronavírus, a capital amazonense teve um duplo colapso: primeiro no sistema de saúde e, consequentemente, no serviço funerário.

30/04/2020 às 13h41
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
Compartilhe:
Divulgação
Divulgação

A Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abradif), denunciou, por meio de nota, que o Governo Bolsonaro se negou a dar apoio logístico para que empresas do setor fizessem uma entrega emergencial de caixões na cidade de Manaus, que está com o estoque baixo de caixões. 

Por conta da pandemia de coronavírus, a capital amazonense teve um duplo colapso: primeiro no sistema de saúde e, consequentemente, no serviço funerário. Com média de 100 enterros por dia, no mês de abril, o estoque de urnas funerárias está perto de se esgotar, e os corpos estão sendo amontoados em câmaras frigoríficas, podendo vir a ser enterrados em sacos plásticos.

A Abredif informou que solicitou ao governo Bolsonaro um avião para transporte urgente de 2 mil caixões, pois o transporte por via terrestre pode levar alguns dias. “A situação se agrava a cada minuto. O setor tem vários caminhões carregados de urnas a caminho de Manaus. Contudo, esta viagem, que ocorre parte por via terrestre, parte por balsa, demanda vários dias. Lamentamos este distanciamento da pauta do governo das reais necessidades da sociedade”, disse a entidade.

A associação também criticou a resposta do governo Bolsonaro, apontando demagogia na justificativa. Em resposta a Abredif, o governo federal informou que “adotou ações para minimizar os impactos do coronavírus no Estado do Amazonas, entre elas a entrega de 55 respiradores; 486 mascaras; 46.560 Testes rápidos, e o envio de 29 profissionais da Força Aérea Nacional do Sus (8 médicos, 19 enfermeiros e 2 fisioterapeutas)”.

“Chamou-nos a atenção que o número de respiradores ‘ofertados’ pelo governo é menor que a metade do número de óbitos que estão ocorrendo. Certamente, se pelo menos enviassem os equipamentos médicos na quantidade necessária, não necessitaríamos, nós funerários, de pedir apoio logístico para enviar urnas”, disse a associação.

Até quarta-feira (29), o Amazonas havia registrado 4.801 casos confirmados de coronavírus e 380 mortes por Covid-19, além de outras mortes por diferentes causas. O principal cemitério de Manaus, o Nossa Senhora Aparecida, passou a realizar enterros noturnos e em trincheiras, com vários caixões ao mesmo tempo, para agilizar o processo. 

Antes a cidade tinha 30 enterros por dia, em média. A prefeitura da cidade chegou a anunciar que enterraria caixões empilhados, mas desistiu, depois da repercussão negativa.

As autoridades amazonenses estimam que o pico do Covid-19 no Estado será na primeira quinzena de maio. Com isso, a Prefeitura de Manaus acredita que o número de enterros pode ser mais de 4.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
°

Mín. ° Máx. °

° Sensação
km/h Vento
% Umidade
% (mm) Chance de chuva
20h00 Nascer do sol
20h00 Pôr do sol
Ter ° °
Qua ° °
Qui ° °
Sex ° °
Sáb ° °
Atualizado às 20h00
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,10 -0,01%
Euro
R$ 5,54 -0,36%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,95%
Bitcoin
R$ 375,391,50 +3,74%
Ibovespa
127,750,92 pts -0.31%
Publicidade