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Dinheiro desviado da saúde do AM bancou até noite de empresário com a “Mulher Melão”

21/09/2016 às 13h16 Atualizada em 25/01/2017 às 20h19
Por: Bastidores do Poder
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Fotos: Reprodução/Internet
Fotos: Reprodução/Internet

Os R$ 112 milhões desviados da saúde pública do Amazonas, segundo a Operação Maus Caminhos, da Polícia Federal (PF), serviram até para bancar uma noite do médico e empresário Mouhamed Mustafa, apontado e preso pela PF como o principal líder da organização criminosa que usou a Instituição Novos Caminhos para desviar milhões dos cofres do Governo do Estado do Amazonas, com a modelo Renata Frisson, conhecida nacionalmente como a “Mulher Melão”.
O vídeo abaixo, obtido com exclusividade pelo Portal Holofote Manaus, mostra claramente o médico em um camarote ao lado de muitas mulheres, entre elas a Mulher Melão, durante o Villa Mix, evento de música sertaneja que aconteceu em março desse ano no Sambódromo de Manaus e contou com shows de Simone e Simara, Jorge e Mateus, Lucas Lucco e Wesley Safadão.
Coincidência ou não, a empresa responsável pela realização do Villa Mix em Manaus, em parceria com a Fábrica de Eventos, é a AudioMix, do empresário goiano Marcos Araújo, amigo pessoal de Mouhamed Mustafa. Durante a operação policial de ontem (20), além das buscas em Manaus, a Polícia Federal também fez busca na sede da AudioMix, em Goiânia-GO.
Em seu perfil na rede social Instagram, Marcos aparece em uma foto feita na casa de Mohamed, em Manaus, ao lado do cantor Jorge, da dupla sertaneja Jorge e Mateus. “Só moda boa aqui em Manaus na casa do meu parceiro Mohamed. #Jorge”, escreveu Marcos na publicação. A dupla é gerenciada pela AudioMix, assim como outros artistas famosos, como Wesley Safadão, Anita, entre outros.
Além de festas com mulheres, a Polícia Federal afirma que Mohamed lavou o dinheiro desviado do Fundo Estadual de Saúde comprando carros importados que juntos somam R$ 1,7 milhões, além de mansões, avião e até helicóptero.
De acordo com o MPF, o grupo possuía contratos de gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales, em Manaus; Maternidade Enfermeira Celina Villacrez Ruiz, em Tabatinga; e Centro de Reabilitação em Dependência Química (CRDQ) do Estado do Amazonas, em Rio Preto da Eva.
Com as prisões e a suspensão dos contratos, o MPF chamou a atenção para o fato de que as unidades “ficariam acéfalas, com risco de paralisação dos serviços de saúde prestados”. Para evitar prejuízos à população, o órgão pediu à Justiça que determinasse a intervenção do Estado para garantir a continuidade dos serviços prestados nessas unidades, com base no que diz a Constituição Federal e a Lei Estadual nº 3.900/13.
Vale lembrar que recentemente, o governador José Melo (PROS) decretou emergência na saúde do estado porque, segundo ele, o Estado não possui orçamento para honrar com a totalidade do pagamento a seus fornecedores e prestadores de serviços. "Fica decretado Estado de Emergência Econômica no Sistema Estadual de Saúde, ante atual cenário econômico, a fim de evitar iminente desassistência à população que impõe medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, de danos e agravos à saúde pública", cita trecho do decreto nº 37.218, assinado pelo governador.
Enquanto isso, dezenas de pessoas morrem na capital e no interior do Amazonas, por falta de médicos, equipamentos e medicamentos, enquanto empresários torram os milhões que deveriam ser usados para salvar vidas.
E o governador? Que governador? O Amazonas tem governador?



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