A defesa do delegado Gustavo Sotero iniciou, por volta das 15h40 desta sexta-feira (29), o discurso dirigido ao júri na fase de debates. O momento é seguido da fala da acusação representada pelo promotor público George Pestana. Em plenário, a defesa de Sotero disparou que o advogado Wilson Justo Filho era mais político do que advogado.
"Em nenhum dos casos de morte de advogados a Ordem dos Advogados - Seccional Amazonas, atuou de forma tão forte quanto nesse caso que envolve o delegado Gustavo Sotero", disparou o advogado de defesa Cláudio Dalledone Júnior. Foram citados nomes de advogados mortos que tiveram casos repercutidos na mídia como o do advogado Delano José da Silva, morto aos 43 anos.
Dalledone utilizou palavras religiosas para se dirigir aos jurados. "Quem julga o semelhante se coloca como Deus. Os senhores vêm experimentando durante isso três dias, o sentir de onde provém a palavra sentença. A missão de vocês é quase divina, é de responsabilidade de reparo no que aconteceu, e essa missão irá selar destinos", disparou a defesa referindo a possível condenação do delegado Gustavo Sotero.
O advogado Dalledone argumentou, ainda, que o delegado Sotero é punido pelos advogados de acusação e, se possível, seria até queimado em praça pública. Mas que esses mesmos profissionais, em outros casos de repercussão, preservam outro acusado reconhecido publicamente.
"Ele agiu para viver. Estou dando a quem de direito pertence o sagrado dever de julgar. A vocês excelência. A vida de Sotero virou do avesso, estão resgatando coisas que aconteceram anos antes. Wilson Justo Filho estava mais para político do que para advogado. Essa força tarefa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), não está aqui atoa", disparou Dalledone, ao júri.
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