Os familiares do advogado Wilson Justo Filho, assassinado a tiros em novembro de 2017 em uma casa de shows em Manaus, juntamente com a viúva Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, Maurício Carvalho de Rocha e Yuri José Paiva Dácio de Souza, todos atingidos com tiros da arma usada pelo delegado Gustavo Sotero, vestiram camisas em protesto com a frase “A Justiça é a nossa esperança. #lutowilsonjusto”, durante o último dia do julgamento do “Caso Sotero”, nesta sexta-feira (29) em Manaus.
Afonso de Oliveira, primo de Fabíola Rodrigues, estava com a camisa pedindo justiça pela vítima. "Eu não posso falar muito. Só quero que seja feita Justiça", disse o homem emocionado.
O réu
O delegado Sotero defende a ação afirmando que foi agredido durante à noite, na casa de shows situada na avenida São Jorge, Zona Oeste de Manaus, e que teria agido em legítima defesa.
"Fui agredido inúmeras vezes, de forma violenta. Tenho quatro filhos menores e minha mãe, pensei neles. Eu saí de lá apavorado, pois não queria morrer no lugar", disse Sotero em defesa.
Amigos e parentes do réu usavam camisas defendendo Gustavo com os dizeres "Sotero em legítima defesa, sim!", enquanto a defesa e acusação continuaram os questionamentos ao acusado em tom de discussão.
"Eu sou guardião do direito de defesa. Eu sou um advogado", disse o advogado de defesa do Delegado.
Júri acompanha atento
O júri composto por duas mulheres e cinco homens aparenta cansaço diante das intensas discussões acaloradas entre defesa e acusação. De acordo com a equipe de cerimônia do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), aproximadamente 150 pessoas já estiveram no fórum acompanhando o julgamento.
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