Você já deve saber que o Athletico Paranaense é campeão da Copa do Brasil. Mas o que talvez você não saiba é que o treinador do CAP teve passagem pelo futebol amazonense. Em 2011, Tiago Nunes fez parte da comissão técnica do Nacional. Aos 31 anos, o jovem Tiago já exibia cabelos grisalhos como auxiliar técnico do Leão da Vila Municipal.
“Ele veio pra trabalhar em Manaus quando eu assumi a diretoria de futebol do Nacional, após o clube ter perdido o Campeonato Amazonense”, relata Giovanni Alves, presidente do Manaus Futebol Clube na campanha do acesso à Série C 2020 e que hoje ocupa o cargo de vice-presidente do Gavião.
No Estadual de 2011, o Nacional teve três treinadores diferentes: Laone Luz, demitido sem ao menos perder um jogo (2V e 2E), Luís Carlos Winck (vice do 1º turno, demitido após derrota para o Fast) e Adinamar Abib (campeão do 2º turno e vice na final estadual).
Giovanni lembra com detalhes daquele ano: “O Nacional ia disputar a Série D do Brasileiro. No Estadual, eles tentaram fazer um elenco caseiro, igual fiz no América em 2010, quando fomos vice da Série D, mas não estava dando certo. Falei com o Mitoso, presidente na época, dizendo que precisávamos de um gerente de futebol. Trouxemos o Ângelo e após conversarmos, chegamos ao nome do Tarcísio Pugliese, que foi preparador físico do Nacional em 2003”.
Foi por indicação de Pugliese que Tiago Nunes chegou ao Nacional. Os dois vinham trabalhando juntos em outros clubes e no Mais Querido não foi diferente. Porém, se hoje Tiago trabalha no clube que tem Furacão como apelido, no Nacional, ele esteve dentro do verdadeiro olho do furacão.
A campanha na Série D foi desastrosa. Foram sete jogos (1V, 1E e 5D), o que rendeu a saída precoce de ambos, com o preparador de goleiros Naílton Garcês assumindo o time na última rodada. Detalhe: sob o comando de Naílton, o Nacional venceu fora de casa o Vila Aurora-MT por 3 a 1, sendo essa a segunda vitória do clube na Série D.
“Infelizmente, fizemos contratações em cima da hora pra Série D e com pouco tempo de adaptação não tivemos sucesso. ”, resume Giovanni, que mesmo após 8 anos da passagem de Tiago pelo Amazonas, ainda mantém contato com o treinador do Furacão.
“Sempre que a gente pode, batemos um papo com ele, pegamos alguma informação sobre jogadores. Pra nós é uma gratificação muito grande em saber que o Tiago, um colega que passou conosco, está tendo sucesso. É um cara gente boa”, finaliza Giovanni.
Procurado pela reportagem do Portal A Crítica, o presidente do Nacional na época e atual presidente do Manaus FC, Luís Mitoso, resumiu o conturbado ano de 2011 vivido no Leão de forma direta: “Não quero nem lembrar!".
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