A imigrante venezuelana, identificada pelas iniciais A.H.Y, que denunciou à polícia um padre de 60 anos de a ter estuprado por três vezes , está grávida de 6 semanas. A informação foi confirmada pelo pai da mulher de 29 anos, Israel Álvarez de Jesus, na manhã desta quinta-feira (11) com exclusividade para o Portal A Crítica. O exame que comprovou a gravidez foi feito no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, na Zona Centro-Sul de Manaus.
Conforme Israel, a gravidez foi confirmada nessa terça-feira (9). Ele destaca que o padre acusado pela filha de estupro é o pai da criança, o que só pode ser confirmado após a realização de um exame de DNA.
"Ao fazer exames ordenados pelo médico responsável se descobriu que ela se encontra grávida do padre. Ela está com 6 semanas de gravidez", disse Álvarez.
Segundo médicos procurados pela reportagem, a venezuelana de fato está grávida com base nos exames encaminhados pelo pai da mulher.
Susam mantém sigilo
Procurada pela reportagem para saber o estado de saúde da venezuelana, a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) informou que pacientes internados têm direito ao sigilo de suas informações.
Por meio de nota, a Susam também destacou que não poderá liberar informações sobre o caso da paciente que está sob investigação da polícia.
Investigações
A delegada Déborah Barreiros, titular do 5º Distrito Integrado de Polícia (DIP), informou na manhã desta quinta-feira (11) que as investigações estão seguindo os tramites jurídicos. "Não temos novidades, até porque as perícias ainda não foram concluídas", disse.
Questionada se já tinha sido informada sobre a gravidez da venezuelana, a delegada negou. "Até agora o pai dela não trouxe nada disso para nós", comentou.
Na última segunda-feira (8), após o padre negar as acusações de estupro na delegacia, a titular do 5º DIP informou que foi pedido exame de DNA para comprovar o envolvimento dos dois. Conforme a versão do religioso, ele tinha uma relação amorosa com a mulher e, segundo ele, a denúncia de estupro aconteceu porque ele não queria dar dinheiro a ela.
Segundo Déborah, quando evidenciado o envolvimento, eles vão ser ouvidos novamente. A autoridade policial também relatou que nesse meio tempo, os policiais irão ouvir testemunhas, analisar imagens de câmeras de segurança e mensagens que os dois trocaram pelo celular por meio do WhatsApp. A investigação deve durar 30 dias.
Denúncia
Em Boletim de Ocorrência (B.O) registrado no 5º Distrito Integrado de Polícia (DIP), a venezuelana refugiada contou que ela e o sacerdote se conheceram em um abrigo da Igreja Católica, localizada na rua José Tadros, no bairro Santo Antônio, local onde ficou por semanas. A denunciante destacou que, por telefone, o religioso fazia elogios a ela dizendo que a amava, a chamando de “meu anjo” e “minha flor”.
A mulher relatou que foi estuprada três vezes e que o padre falava durante e após os crimes que ela seria curada da doença. A venezuelana conta no B.O que o suspeito utilizou da própria profissão para abusar do seu corpo. Segundo ela, no momento da ejaculação na sua vagina, o padre gritava: “Deus te ama, Deus te ama!”.
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