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Moro diz que Amazonas tem ‘número muito pequeno’ de agentes penitenciários

Declaração foi dada na primeira visita do ministro ao estado, onde 55 presos foram assassinados num massacre no mês passado.

10/06/2019 às 15h38
Por: Jéssyca Seixas Fonte: G1
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Divulgação
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O ministro Sérgio Moro disse nesta segunda-feira (10) em Manaus que há "número muito pequeno" de agentes penitenciários no estado do Amazonas. Entre 26 e 27 de maio, uma matança deixou 55 detentos mortos em quatro unidades prisionais da capital. É o segundo massacre em menos de 3 anos no estado.

"Uma das causas da falta de controle, não estou colocando responsabilidade no Governo do Estado, os problemas que foram identificados, um número muito pequeno de agentes penitenciários no Amazonas", disse o ministro em Manaus, onde participa da reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej).

O ministro defendeu a contratação de mais funcionários. "Me parece imprescindível a contratação de mais agentes penitenciários. Existe a terceirização dentro dos presídios. O estado tem a opção desta escolha, mas tem que haver agentes para este tipo de situação", afirmou. “Quero dizer ao governador e o povo do amazonas que o Governo Federal somos parceiros. O que pudermos ajudar, tomaremos as medidas para isso.”

A reunião do Consej em Manaus tem como objetivo apresentar o atual cenário do sistema prisional de cada estado, analisando processos administrativos e de gestão, além de métodos de alocação de internos dentro das unidades.

Situação dos presídios do AM

De acordo com o governador Wilson Lima, o Amazonas tem aproximadamente 3.650 presos no regime provisório, outros 2.500 no regime fechado. Além disso, 1.500 estão no semiaberto e 1.200 no regime aberto.

"[São] sete unidades prisionais na capital e sete no interior. E apenas uma, a de Itacoatiara, podemos dizer que atende as condições de ser um presídio que atende as exigências padrão. As outras são verdadeiras masmorras porque foram construídas de acordo com modelos de penitenciárias que já existiam no país e não levaram a nossa regionalidade", afirmou.

Lima diz que havia um plano de detentos matarem 225 internos, do dia 26 para 27 de maio. Seria o maior massacre da história. “Entramos nas celas e muitos foram retirados pois estavam sendo mortos por asfixia. Eram da mesma cela. Eram companheiros de crime que estavam se matando. Pelo menos 200 internos foram retirados. Mortes começaram, por mais incrível que pode acontecer, dentro das celas. Elas acontecem também fora. 80% das mortes que acontecem na cidade têm relação com o tráfico de drogas.”

Uma briga interna entre membros da facção Família do Norte (FDN) provocou o massacre nos presídios.

Em Manaus, o ministro não comentou a divulgação, pelo site "Intercept", de trechos de mensagens atribuídas a ele à força-tarefa da Lava Jato.

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