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Governador Wilson Lima está com pedra no rim

Apesar disso, o governador já teve crise de dores que lhe tirou do trabalho.

16/04/2019 às 10h56
Por: Larissa Botelho Fonte: BNC
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O governador Wilson Lima (PSC) revelou na manhã desta segunda-feira, dia 15, segredo que guardava desde o fim do ano passado.

“Estou com pedra no rim”, disse ele ao se encontrar com uma paciente num leito do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, na Zona Norte de Manaus.

A ida dele à unidade de saúde foi para marcar o início da primeira etapa do projeto de colocar a estrutura funcionando com capacidade plena, já que atualmente opera com 32%.

À mesma paciente, o governador completou: “Mas essa pedra não está se mexendo”.

Apesar disso, o governador já teve crise de dores que lhe tirou do trabalho.

A última dessas crises, que seus auxiliares se recordam, ocorreu no dia 14 de  março, quando ele anunciaria a chegada de vacinas contra o vírus H1N1.

Ele gravaria um vídeo juntamente com o secretário municipal de saúde, Marcelo Magaldi, mas o vice-governador Carlos Alberto Almeida (PRTB) foi escalado na hora na substitui-lo.

Cirurgias

A primeira etapa de expansão do atendimento no Delphina Aziz inicia com a realização de cirurgias de hérnia, vesícula e a oferta de procedimentos para ostomizados.

Nessa segunda-feira, serão duas hernioplastias e três colecistectomias. Já os ostomizados em fila de espera começam o atendimento ambulatorial para análise de risco cirúrgico e agendamento. Nesta primeira fase, serão cinco a seis procedimentos/dia.

O secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, disse que não se trata de mutirões como foram feitos nas gestões anteriores.

“Estamos iniciando uma etapa de oferta de serviços contínuos, que serão ampliados em fases, conforme planejamento e disponibilidade orçamentária, até a implantação de todos os serviços previstos”.

Gestão

O contrato assinado pelo Governo do Amazonas e INDSH é para a gestão de saúde do Complexo da Zona Norte, que inclui também a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales.

No final das fases de implantação, todos os 312 leitos do hospital, dos quais 50 de UTI, e 11 salas cirúrgicas, estarão funcionando integrados com os serviços da UPA.

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) estima uma economia de R$ 2,1 milhões já na primeira etapa de implantação dos novos serviços. O estudo de economicidade levou em consideração os R$ 10,5 milhões que vinham sendo aplicados pela secretaria para gerir o hospital nos últimos meses, comparados aos R$ 8,4 milhões previstos no primeiro mês de contrato com INDSH, sem levar em consideração o aumento na oferta de serviços.

O valor atual cobre todos os serviços previstos, inclusive as cirurgias eletivas que não eram realizadas no HPS Zona Norte; 84 leitos de clínica médica; aumento, de 25 para 50, nos leitos de UTI e, de uma para duas a quantidade salas cirúrgicas; além da gestão de todos os serviços da UPA Campo Sales.

Medicamentos, materiais e insumos e a mão-de-obra empregada nas duas unidades também são de responsabilidade da OSS. Os servidores que atuam nas duas unidades estão sendo realocados em outros serviços da rede.

Impacto na rede

O governo pretende transformar o HPS Zona Norte em um grande hospital especializado em cirurgias gerais, transplantes e até implante coclear, além de atendimento ambulatorial (consultas e exames), para reduzir o tempo de espera de quem está na fila do Sistema de Regulação (Sisreg).

A entrada em operação do Complexo da Zona Norte tem grande impacto na rede de atenção de média e alta complexidade, consequentemente, na melhoria e aumento da oferta dos serviços à população.

A ideia é diminuir a pressão sobre os prontos-socorros e devolver a identidade dos hospitais, que voltam a ser referência em suas especialidades.

A unidade oferecerá leitos retaguarda de internação, clínicos e de UTI, aos prontos-socorros quando estes estiverem com superlotação, reduzindo gastos com hospitais privados. No caso dos transplantes, vai reduzir os custos com Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Sisreg

Para o usuário que aguarda na fila do Sisreg, o maior ganho será na redução do tempo de espera por um procedimento. É o caso de pacientes que aguardam por uma cirurgia ortopédica no Hospital Adriano Jorge que vai poder ampliar a oferta desse procedimento com as cirurgias gerais (hérnia, vesícula e urologia), sendo absorvidas pelo HPS Zona Norte.

O mesmo efeito se espera com a transferência dos serviços ginecológicos do Instituto da Mulher Dona Lindu, que ficará exclusivo para o atendimento obstétrico (maternidade). O complexo também irá absorver boa parte das demandas por consultas e exames especializados, fazendo a fila andar mais rápido.

“Elefante branco”

Primeira experiência de Parceria Público-Privada (PPP) do Amazonas, o HPS Zona Norte foi inaugurado em 27 de junho de 2014 apenas com o pronto-socorro adulto e infantil em funcionamento. Em janeiro de 2017, foi inaugurado o Centro de Diagnóstico, com um moderno parque de imagem que atende, além das necessidades da unidade, toda a rede de saúde do Estado para exames diversos. Ainda assim, por não funcionar com toda a capacidade plena, a unidade era vista como um grande elefante branco.

O HPS foi construído pelo consórcio Zona Norte Engenharia, Manutenção e Gestão de Serviço S.A., que obteve do Governo Estado, à época, a concessão administrativa para construção, fornecimento de equipamentos, manutenção, aparelhamento e gestão de serviços não assistenciais.

O consórcio é composto pelas empresas Abengoa Holding Brasil, fornecedora de equipamentos e responsável pela manutenção da unidade hospitalar; a SH Engenharia, responsável pela obra física e a Magi Clean Serviços, especializada em gestão de serviços. O contrato com o consórcio tem vigência até 2033.

Para os serviços assistenciais de saúde, foi feito um contrato à época da inauguração com o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), cuja vigência encerrou em 27 de abril de 2018, quando a Susam passou a gerir a unidade provisoriamente. A contratação de OSS obedece aos termos da Lei Estadual nº 3.900/2013, regulamentada pelo Decreto nº 34.093, de 04 de outubro de 2013, alterado pelo Decreto nº 34.219, de 25 de novembro de 2013.

A partir de abril de 2018, com o fim do contrato com o Imed, a Susam passou a administrar a unidade e a gestão da época realizou um novo processo de qualificação, credenciamento e seleção da nova OSS. A chamada pública foi feita no dia 23 de abril de 2018, com publicação no site da Susam (www.saude.am.gov.br), no Diário Oficial do Estado (DOE), no Diário Oficial da União (DOU) e em jornais de outros estados.

O vencedor foi o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), com o resultado homologado em março de 2019 e o contrato assinado em 25 de março de 2019. Com isso, o INDSH passa a gerir toda a assistência hospitalar, incluindo os recursos humanos, cabendo à Susam fiscalizar os serviços prestados para o cumprimento da meta assistencial.

Sobre o INDSH

Trata-se de uma OSS que administra instituições de saúde públicas e privadas. Foi criado em 1950 e hoje é responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Dr. Eugênio Gomes de Carvalho, em Pedro Leopoldo (MG), da UPA Santa Paula, em Ponta Grossa (PR), do Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças e uma UPA, em São Francisco do Sul (SC) e de outras oito unidades de saúde em Belém e no interior do Pará.

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