Após a repercussão midiática sobre o caso da fiscal de meio ambiente Clemência Assunção, morta em 2015 durante acidente de trânsito ocasionado pelo vereador de Presidente Figueiredo, Jonas Castro (PSB), a Justiça do município solicitou uma nova reconstituição do caso, que deverá ocorrer nos próximos dias. O parlamentar, acusado de dirigir embriagado na ocasião do acidente, poderá ir a júri popular.
De acordo com o advogado de defesa da família, Yuri Thury, o caso encontra-se na Vara Criminal de Presidente Figueiredo e já foi realizada uma perícia para se chegar à veracidade dos fatos. Segundo ele, os resultados dos laudos apontam o vereador Jonas Castro como culpado pela morte da servidora pública, e por ter ferido gravemente a mãe e filha de Clemência Assunção.
"A determinação desse novo procedimento é resultado de um conjunto de movimentações processuais. Já existe uma perícia dentro do processo que, inclusive, aponta o acusado como culpado pelo acidente. O laudo afirma que Jonas atingiu as vítimas na calçada da via, contrariando o que ele alegou em depoimento na delegacia. A nova reconstituição será feita pelo mesmo perito que realizou a primeira perícia", disse o advogado.
Laudos
Conforme os laudos, Clemência Assunção foi arremessada por quase 7 metros do local de impacto. Diferente da versão apresentada pelo vereador, a perícia aponta que as vítimas não caminhavam pelo meio da rua, mas sim por uma calçada, em frente à Comunidade Maroaga, no quilômetro 7 da AM-240, quando foram atingidas. O resultado da primeira reconstituição aponta Jonas Castro como causador do acidente, por dirigir altamente alcoolizado.
A nova perícia foi determinada pelo Juíz Roger Luíz Paz de Almeida e será executada pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil em um prazo de até 20 dias.
Relembre o caso
Clemência Assunção da Silva foi atropelada no dia 31 de maio de 2015, na rodovia AM-240, no momento em que retorna de um culto na companhia da mãe e das três filhas. O acusado pelo crime é o vereador Jonas Castro (PSB), que na ocasião, segundo os familiares, dirigia embriagado.
Clemência chegou a ser levada a um hospital de Manaus, mas morreu cinco dias depois, após uma parada cardíaca. A mãe da vítima, Ivanísia Assunção da Silva, e a filha de apenas 4 anos ficaram gravemente feridas. A criança teve a mão esmagada e perdeu um dos dedos.
O vereador Jonas Castro responde na Justiça pelo crime de lesão corporal grave, além de embriaguez ao volante e homicídio culposo.
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