Tribunal de Justiça do Amazonas marcou para o dia 14 de junho deste ano a audiência de instrução e Julgamento do delegado Gustavo de Castro Sotero, preso após atirar e matar um advogado em uma casa noturna de Manaus, em novembro de 2017. Nesta fase, a Justiça dará início à instrução do processo, com interrogatório de testemunhas arroladas no processo.
Sotero foi denunciado por homicídio triplamente qualificado. A denúncia de homicídio inclui como qualificações: motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa do ofendido. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) e aceita pela juíza Mirza Telma em dezembro.
Sotero está detido na Delegacia Geral de Polícia Civil desde a madrugada do dia 25 de novembro, quando atirou dentro do Porão do Alemão, na Zona Oeste da capital. Na ocasião, além de matar o advogado, o delegado feriu outras três pessoas, entre elas a esposa da vítima.
Segundo a denúncia, "há indícios suficientes de autoria" por parte de Sotero e, por conta disso, "não existe qualquer motivo aparente para rejeitar a denúncia" do MP.
Este mês, a defesa do delegado entrou com ação na Justiça para solicitar reconstituição simulada dos fatos. Segundo pedido da defesa, a reconstituição pretende elucidar dúvidas "especialmente acerca da dinâmica dos atores do evento, postura dos personagens, uso progressivo da força e trajeto dos disparos efetivados".
O caso
O advogado Wilson de Lima Justo Filho, de 35 anos, morreu depois ser baleado dentro do Porão do Alemão, por volta das 2h de sábado (25). Outras três pessoas ficaram feridas, entre elas a esposa do advogado, Fabiola Rodrigues Pinto de Oliveira, de 31 anos, que foi atingida na perna esquerda.
Yuri Paiva, de 45 anos, foi baleado no abdômen e Maurício Rocha, 35, foi atingido no dorso esquerdo. Os três sobreviventes foram levados para Hospital Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto. Yuri e Maurício receberam alta.
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