O delegado Gustavo de Castro Sotero - preso por matar o advogado Wilson Justo Filho em uma casa noturna de Manaus - foi denunciado por homicídio triplamente qualificado. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) e aceita pela juíza Mirza Telma na quarta-feira (13).
Sotero está detido na Delegacia Geral de Polícia Civil desde a madrugada do dia 25 de novembro, quando atirou dentro do Porão do Alemão, na Zona Oeste da capital. Na ocasião, além de matar o advogado, o delegado feriu outras três pessoas, entre elas a esposa da vítima.
A denúncia de homicídio inclui como qualificações: motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa do ofendido.
Segundo a magistrada, "há indícios suficientes de autoria" por parte de Sotero e, por conta disso, "não existe qualquer motivo aparente para rejeitar a denúncia" do MP.
A citação foi encaminhada à Delegacia Geral, local onde o delegado está recolhido.
Além de aceitar as qualificações do crime, a juíza determinou:
- A citação do réu para responder à acusação por escrito no prazo de 10 dias, com documentos e justificações, provas a serem produzidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação quando necessário;
- Caso não seja oferecida resposta escrita dentro do prazo, um defensor público deve atuar na ação em favor de Sotero;
- Com resposta da defesa, a data para audiência de instrução e julgamento deve ser marcada;
- Após estabelecimento da data, a magistrada determinou que sejam inquiridas três testemunhas, entre elas o dono do Porão do Alemão;
- Além disso, a Secretaria do Juízo deverá expedir ofício ao Instituto Médico Legal, ao Instituto de Criminalística e Hospital 28 de Agosto para juntar autos e laudos periciais do réu e das vítimas.
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