'Geração smartphone' pensa menos em sexo, bebidas e trabalho, diz estudo
O problema disso é que essas crianças alcançaram a faculdade e o mercado de trabalho com menos experiências, mais dependentes e com dificuldade em tomar decisões.

Um estudo sobre a chamada "geração smartphone", aquela dos que nasceram após 1995, concluiu que esses jovens estão amadurecendo mais lentamente, e são menos propensos a trabalhar, fazer sexo, dirigir, sair e beber álcool do que as gerações anteriores.
O estudo da professora de psicologia Jean Twenge, da Universidade Estadual de San Diego, nos EUA, foi publicado no livro "iGen: Porque as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes - e completamente despreparadas para a vida adulta", em tradução livre.
A pesquisa envolveu entrevistas e consultas a 11 milhões de jovens norte-americanos e entrevistas em profundida. Segundo Twenge, esses jovens cresceram num ambiente mais seguro e menos expostos a situações de risco.
O problema disso é que essas crianças alcançaram a faculdade e o mercado de trabalho com menos experiências, mais dependentes e com dificuldade em tomar decisões. "Os de 18 anos agem como se tivessem 15 em gerações anteriores", diz Twenge.
Ela ressalta que essa geração vive com altos níveis de ansiedade, depressão e solidão, causada por fatores como a falta de habilidades sociais, por passarem menos tempo com amigos e mais tempo junto a computadores.
Segundo Twenge, quanto maior o tempo à frente do computador, mais infelizes eram os jovens entrevistados. "O que me impressionou na pesquisa foi que os adolescentes estavam bastante cientes dos efeitos negativos dos celulares", diz a professora.
Mas a pesquisadora comemora o fato que a nova geração é mais realista com o mercado de trabalho e mais disposta a trabalhar duro. "Eles estão mais preocupados em estar física e emocionalmente seguros, bebem menos e não gostam de riscos" explica Twenge.
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