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Universitária morta após triângulo amoroso forjou sequestro, diz polícia

06/05/2016 às 09h38
Por: Portal Holofote Fonte: Portal G1\AM
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Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil investiga a suspeitas de que a estudante de medicina veterinária Taitiane do Nascimento, de 26 anos, forjou o próprio sequestro. A universitária foi encontrada morta em abril de 2015 após se envolver em um triângulo amoroso com um casal de amigos.
Segundo a polícia, o marido de Taitiane, Domingos Roberto, e uma colega de faculdade da vítima são suspeitos do crime. Atualmente, eles estão fora de Manaus, mas não são considerados foragidos.
Um ano e oito meses após o desaparecimento da estudante, as investigações sobre o caso ainda não foram concluídas. A polícia diz que há dificuldades em ouvir familiares.
A universitária desapareceu no dia 15 de setembro de 2014 em Manaus, após voltar da casa do marido, no município de Manacapuru. Casada, Taitiane, se envolveu com uma colega de classe, de 25 anos, que também era comprometida com um médico. A amiga teria apresentado a universitária ao marido e ambos passaram a formar um triângulo amoroso.
Uma das linhas de investigação da morte apura se amiga teria procurado o marido de Taitiane, Domingos Roberto, e revelado o caso amoroso entre eles, após notar a aproximação deles. Com ciúmes, os dois teriam, então, planejado a morte da universitária.
Rede de intrigas
Segundo o delegado titular da DEHS, Ivo Martins, o depoimento da irmã da vítima trouxe à tona informações sobre o comportamento da universitária e uma "rede de intrigas" que ela teria criado. A informação foi obtida por meio de depoimento de familiares.
"Descobrimos uma série de tramas da falecida, simulando sequestro e dando golpe na própria família. Então, ela criou uma rede de inimigos e ameaças também. Há um envolvimento dela com uma pessoa do tráfico e essa pessoa colaborou com ela para forjar um sequestro para enganar a família. Foi pago um resgate desse falso sequestro. Conseguimos essas informações com a irmã, que demorou para colaborar e não atendia as ligações", revelou o delegado.
De acordo com a polícia, a condição em que o corpo foi encontrado prejudicou as investigações.
O delegado diz ainda que há dificuldades em apontar se a vítima foi torturada. Entretanto, a linha de investigação envolvendo o triângulo amoroso possui evidências para provável motivação do assassinato.
"O formato da cena do crime demonstra que foi um crime de natureza pessoal com características de vingança em função de um triângulo amoroso. Toda dinâmica que levou ao sumiço dela mostra contradições no depoimento e revela a intencionalidade das pessoas que deixaram Manaus", afirmou Ivo Martins.
O delegado informou que a polícia tem verificado as últimas 48h de vida da universitária antes ser assassinada.
"O que chama atenção é o marido ter vindo do interior, o carro que foi usado, a maneira que ela deixou a casa como se estivesse saído rapidamente, mas que entrou no carro com uma pessoa conhecida. Ela era uma pessoa instável e impulsiva, o que revela que ela não entraria no carro com pessoa desconhecida. O último local que ela esteve foi na casa dela com alguém conhecido", disse o delegado.
A previsão é que o inquérito seja concluído nos próximos 45 dias e novas providências devem ser feitas. A DEHS justificou que o atraso na conclusão do caso ocorreu porque a equipe teve que verificar o trabalho da Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (DEOPS) - que investigada inicialmente o sumiço da jovem.
"Se tivéssemos feito a investigação desde início, como acontece nossos casos, talvez tivéssemos tomado um rumo mais rápido. Quando pegamos de outros órgãos temos que analisar nossa perspectiva diante daquilo que o outro órgão apurou. Diante da demanda que temos, atrapalha um pouco", justificou Ivo Martins.
A reportagem tentou contato com a família da universitária, mas não obteve sucesso. O marido da vítima também não foi localizado pelo Pórtal G1.
O caso
Segundo a família de Taitiane, ela desapareceu no dia 15 de setembro de 2014. O marido foi o último a vê-la com vida, no município de Manacapuru, onde o casal tinha um restaurante.
Ainda conforme familiares, Domingos Roberto disse que a universitária voltou dirigindo para Manaus. O carro dela foi deixado estacionado em frente ao apartamento em que ela morava, no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul da capital. As chaves foram encontradas no imóvel, que estava trancado e sem sinal de arrombamento.
Seis meses após seu sumiço, a ossada da vítima foi encontrada no dia 16 de abril de 2015 no bairro Tarumã, na Zona Oeste da capital em Manaus. Peritos da Polícia Civil concluíram que a vítima foi assassinada com um tiro na cabeça.

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