Morreu hoje no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, aonde estava internado desde dezembro passado para tratar uma pneumonia, o ex-governador do Amazonas, ex-senador e ex-prefeito de Manaus Amazonino Armando Mendes, aos 83 anos. Com ele parte uma página importante da política amazonense no período pós-regime militar.
Advogado, Mendes entrou para a política em 1982, ao ajudar a coordenar a campanha de Gilberto Mestrinho para o Governo do Estado. Com a vitória do amigo, foi indicado para a Prefeitura de Manaus no ano seguinte. Naquela época, o prefeito era nomeado pelo governador.
Em 1986 foi lançado ao Governo pelo mesmo Mestrinho e venceu a eleição. Quatro anos depois elegeu-se senador, cargo que ocupou por apenas dois anos, até eleger-se prefeito de Manaus, em 1992. Dois anos depois voltou ao Governo do Estado para o segundo mandato, renovado em 1998, quando se reelegeu.
A primeira derrota eleitoral aconteceu em 2004, quando perdeu a Prefeitura para Serafim Corrêa. Dois anos depois disputou e perdeu o Governo para Eduardo Braga. Em 2008 voltou ao poder ao derrotar o mesmo Serafim na disputa pela Prefeitura de Manaus.
Praticamente aposentado, decidiu disputar o Governo do Estado na eleição suplementar de 2017, depois da cassação de José Melo. Venceu e permanecei no mandato por dois anos, perdendo na tentativa de reeleição para Wilson Lima. Em 2020 tentou voltar a Prefeitura, sendo derrotado por David Almeida e no ano passado voltou a disputar o Governo, não conseguindo ir ao segundo turno.
Natural de Eirunepé, na calha do rio Juruá, Amazonino deixa a vida para entrar na história.
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