Natanael Paiva Mota, 21, e Walter Menezes Junior, 24, foram presos pro sequestro e porte ilegal de arma de fogo, além de torturar um homem de 49 anos, no fim da manhã desta quarta-feira (7), em um beco na Rua Tapajós, que dá acesso a Avenida Hilário Gurjão, bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manus.
De acordo com o capitão Soeiro, comandante da 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), a equipe policial foi acionada após o filho denunciar, por volta de 9h30, que o pai tinha sido sequestrado por homens pertencentes a uma facção criminosa. Os policiais então montaram um cerco no beco e ao entrarem, os suspeitos conseguiram ver a aproximação dos policiais e começaram a fuga.
“Ao passarmos pelo beco, um dos policiais escutou gemidos vindos de uma casa de compensado. Entramos no local e avistamos a vítima com pés e mãos amarrados, e notamos que ela já teria sido torturada. Enquanto isso, outras equipes conseguiram capturar um dos suspeitos”, disse o capitão Soeiro.
Ainda conforme o comandante da 30ª Cicom, com ele foi apreendido um revólver calibre 38 e uma arma caseira, tipo escopeta calibre 16. Ele então revelou que na Comunidade Val Paraíso, o comparsa estava escondido com mais armamento, onde com o comparsa, foi encontrado uma pistola .40.
Ainda segundo a polícia militar, conforme o repassado por familiares, o alvo dos criminosos seria o neto da vítima, que mais cedo, teria pegado emprestado a moto do avô, dizendo que iria comprar salgado.
“Eu fiquei esperando por ele (o neto) e depois de alguns minutos, ele já veio chorando e disse que tinham tomado a moto dele e queriam que ele entrasse em um beco. Logo depois ele saiu correndo. Então eu fui lá (no beco), saber o que tinha acontecido, foi quando me renderam”, disse a vítima que não quis se identificar.
O homem de 49 anos ainda revelou que os homens colocaram uma sacola na sua cabeça e começaram a agredi-lo, mandando fotos e vídeos para outros membros da facção, quando disseram que iam levá-lo para a “casinha”, para matá-lo. "Nesse momento eu pensei que realmente, iria morrer", finalizou a vítima.
Natanael e Walter foram presos e levados para o 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi verificado que Walter já era monitorado por tornozeleira eletrônica. Também na delegacia, Natanael, apontado como um dos sequestradores disse ser inocente e que "estava comprando maconha no local errado quando a polícia chegou".
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