O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta sexta-feira (30) a anexação ilegal de 15% do território ucraniano, durante uma cerimônia no Kremlin acompanhada com telões e celebrações do governo em Moscou.
No início da cerimônia, ele discursou para políticos locais e líderes religiosos e alegou que "as pessoas fizeram suas escolhas", em referência à vitória proclamada por Moscou nos referendos de anexação realizados em Kherson, Zaporizhzhia, Donetks e Luhansk.
Parte da área anexada já estava sob o controle de grupos pró-Rússia antes do início da guerra da Ucrânia e outra parte foi tomada com a invasão deste ano. Nesta semana, a Rússia realizou referendos para supostamente ouvir a opinião dos moradores dessas áreas sobre a anexação dos territórios, mas a Ucrânia e países do Ocidente afirmaram que não reconheceriam o resultado.
No discurso direcionado aos participantes da cerimônia - mais tarde ele fará outro pronunciamento à nação -, Putin disse ainda que está "pronto para conversas" com a Ucrânia. E pediu que Kiev "respeite a vontade do povo".
O governo ucraniano, assim com a Organização das Nações Unidas e países do Ocidente, não reconhece a validade dos referendos, seu resultado e nem a anexação, que viola o direito internacional.
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