Em apenas sete dias de setembro deste ano, o número de queimadas na Amazônia já superou a quantidade de focos de incêndios de todo o mês de setembro de 2021.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bioma registrou 18.374 focos de incêndio entre 01 e 07 de setembro de 2022. Em 2021, foram 16.742 focos no mês inteiro – um aumento de quase 10%.
Até agora, o bioma teve 64 mil focos de incêndio – os números de 2021 vêm sendo superados desde maio. No ano passado inteiro, foram registrados 75.090 focos).
“No Dia da Independência, e na mesma semana em que se comemora o Dia da Amazônia, os números referentes à queimadas e incêndios florestais só reforçam que estamos repetindo a mesma dinâmica predatória de 200 anos atrás, propagando uma economia da destruição que ainda se alimenta fortemente de recursos naturais ao passo que não traz o tão almejado desenvolvimento real para a Amazônia.”, declarou Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.
Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, lembrou do Dia do Fogo na Amazônia, em 2019 e fez um paralelo com o que tem ocorrido em 2022.
Em agosto, a Amazônia teve o pior agosto de queimadas dos últimos 12 anos. Foi o quarto ano consecutivo de números acima de 28 mil. O número foi tão alto que, segundo o programa de monitoramento ambiental Copernicus, da União Europeia, afetou "seriamente" a qualidade do ar na América do Sul.
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