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Foragido de presídio onde ocorreu massacre é achado em rua de Manaus

14/01/2017 às 23h32
Por: Portal Holofote Fonte: Portal G1/AM
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Elias Vasconcelos da Silva que estava foragido do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), presídio onde ocorreu o massacre de 56 presos e a fuga de 112 detentos, foi localizado na noite de sexta-feira (13). A prisão foi confirmada na noite deste sábado (14) pelo Governo do Amazonas. Ao todo, 225 fugiram das cadeias em Manaus desde o dia 1º. Um total de 81 detentos foi recapturado.
De acordo com a Polícia Militar, Silva estava na Rua Piauí, bairro Braga Mendes, quando a guarnição foi acionada por comunitários informando sobre o suspeito. Após ser preso, ele foi encaminhado ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Desde 1º de janeiro, o sistema prisional do Amazonas registrou fuga de 225, rebeliões e massacres, que resultaram em 64 mortes. Um total de 81 detentos foi recapturado, até o momento.
O número de foragidos foi atualizado pelo governo, na quinta-feira (12), após uma nova uma recontagem dos presos envolvidos nas fugas do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), em Manaus. Inicialmente, o número de fugitivos divulgado foi de 184.
Rebeliões e fugas
Desde o dia 1º de janeiro, o sistema prisional do estado registrou fuga de 225, rebeliões e um massacre que resultou de 64 mortes de detentos. Presos chegaram a postar foto com armas antes de uma das rebeliões, o que aponta para a existência de sinal de celular dentro das unidades.
A rebelião que aconteceu no Compaj durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, como "o maior massacre do sistema prisional" do Amazonas. Ao todo, 56 foram mortos dentro do presídio entre 1º e 2 de janeiro. Essa é uma das maiores matanças ocorridas em presídios brasileiros desde o massacre do Carandiru, em 1992.
Na tarde de segunda (2), outros quatro presos morreram na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus.No útlimo domingo (8), outros quatro presos foram mortos em uma rebelião na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, reativada para receber presos transferidos do Compaj após o massacre.
Investigação
A polícia do Amazonas apontou sete presos como líderes do massacre. Documentos o Ministério Público Federal (MPF) dizem que estes líderes têm estreita relação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Segundo o MPF, os traficantes brasileiros teriam comprado pistolas, fuzis e submetralhadoras do mesmo fornecedor de armas do grupo de guerrilha colombiano.
Diversos relatórios elaborados antes da rebelião já apontavam risco iminente no presídio de Manaus. Um texto do setor de inteligência da Secretaria de Segurança alertava para um plano de fuga no regime fechado do Compaj. Além disso, apontava que oito armas de fogo tinham entrado no presídio na semana anterior ao Natal por meio de visitantes e com o ajuda de agentes.
Documentos emitidos pela administradora do presídio, a Umanizzare, alertavam para o risco de se permitir visitas no fim do ano aos presos. O governo estadual havia permitido que cada um dos mais de 1,2 mil presos do Compaj pudesse receber ao menos um acompanhante no Natal e no Ano Novo.
No dia 27 de dezembro, quatro dias antes da rebelião, a empresa ainda pediu providências imediatas porque, no dia 24, com autorização da secretaria do governo, os horários de visitas não foram respeitados, o que prejudicou a revista de celas e a contagem de presos. O secretário justificou a autorização, dizendo que se tratava de "humanização".
Exoneração
Após mortes e fugas no sistema prisional, o Governo do Amazonas anunciou nesta sexta-feira (13) mudança na gestão da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). O tenente-coronel da Polícia Militar, Cleitman Rabelo Coelho, assume o cargo. Ele assume a pasta substituindo o agente da Polícia Federal, Pedro Florencio.
O Governo não informou se Florencio entregou o cargo ou se foi desligado da função por recomendação do governador José Melo. Agente da Polícia Federal, ele estava no comando da Seap desde outubro de 2015.

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