Um homem foi condenado a 21 anos de prisão por matar a própria prima, que tinha 16 anos, e esconder o corpo dela. O caso aconteceu no dia 31 de março de 2020, na Ponta do Maguari, em Itacoatiara.
Na época do crime, o suspeito confessou que havia atacado a adolescente para roubar o celular dela e trocar por bebidas e drogas. Já durante o interrogatório o homem negou ter cometido o crime.
Segundo a denúncia do MP, o homem abordou a vítima que estava sozinha sentada em um banco e usando o celular na comunidade. O réu chegou por trás da adolescente e a atacou com um mata-leão, fazendo com que ela desmaiasse. A jovem sumiu e a família a procurou até as 21h horas do dia do desaparecimento, passando a pedir apoio de moradores da comunidade.
Um dos primos da adolescente acabou descobrindo que o celular dela foi vendido por R$ 100 na Comunidade de São José do Amatari. Após conseguir recuperar o aparelho, os parentes confirmaram que pertencia à vítima.
O corpo da adolescente nunca foi encontrado, e quanto a isso, o magistrado citou vasta jurisprudência de tribunais superiores e estaduais, salientando que em casos excepcionais, em que não seja possível a realização de exames periciais no corpo, pode-se lançar mão do exame indireto por prova testemunhal, filmagens, gravações e outros.
Conforme a decisão, as provas seriam suficientes acerca do crime. "(...) O fato de o corpo da vítima não ter sido encontrado, as provas produzidas quanto à materialidade autorizam concluir que realmente a vítima foi sacrificada, tendo o autor do crime ocultado o corpo após", diz o texto.
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