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Desmatamento este ano na Amazônia é o maior em uma década, alerta Imazon

No Amazonas, o município de Lábrea é o que apresenta maior ação de desmatamento, conforme os dados do SAD.

27/12/2021 às 11h53
Por: Portal Holofote Fonte: Portal do Holanda
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Greenpeace
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De acordo com o instituto, o acumulado é 31% superior do que o registrado no ano passado 

Uma área de 10.222 km² foi desmatada de janeiro a novembro de 2021 na Amazônia, equivalente a sete vezes ao tamanho da cidade de São Paulo, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que monitora a região por meio de imagens de satélites.

Apenas em novembro, uma área de 480 km² foi desmatada na Amazônia, o que corresponde ao território de Porto Alegre. Com isso, 2021 teve o segundo pior novembro da década, atrás apenas de 2020, quando 484 km² de floresta foram destruídos no mês.

De acordo com o instituto, esse é o maior acumulado dos últimos 10 anos para o período, sendo 31% superior do que o registrado no ano passado. 

O desmatamento somente em novembro deste ano ocorreu no Pará (60%), Mato Grosso (11%), Rondônia (9%), Amazonas (8%), Maranhão (5%), Roraima (3%), Acre (3%) e Tocantins (1%).

No Amazonas, o município de Lábrea é o que apresenta maior ação de desmatamento, conforme os dados do SAD.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 95 quilômetros quadrados em novembro de 2021, o que representa uma redução de 92% em relação a novembro de 2020, quando a degradação detectada foi de 1.206 quilômetros quadrados. 

A intensificação do aquecimento global, a alteração do regime de chuvas e a perda da biodiversidade são consequências do aumento do desmatamento observado neste ano. “Além disso, a destruição da floresta também ameaça a sobrevivência de povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e extrativistas”, alertou a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.

Como medida para reduzir esse ritmo de devastação, a especialista afirmar a necessidade de intensificar as ações de fiscalização e punição dos responsáveis pelo desmatamento ilegal, principalmente nas áreas críticas. “É necessário também embargar as atividades que estão ocorrendo em locais desmatados ilegalmente”, completa

O caso mais grave é do Pará, que lidera o ranking de destruição da floresta há sete meses consecutivos, que registrou apenas em novembro 290 km² de devastação.

Isso representa 60% da área desmatada na Amazônia no mês e é 26% maior do que o detectado em solo paraense em novembro do ano passado. Além disso, 16 dos 20 municípios e assentamentos que mais destruíram a floresta no mês ficam no Pará, o que alerta para a necessidade de ações de combate mais efetivas no estado.

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélites (incluindo radar) para monitorar a floresta. Além do SAD, existem outras plataformas que vigiam a Amazônia: Deter, do Inpe, e o GLAD, da Universidade de Maryland. 

}O desmatamento de novembro de 2021 ocorreu, em sua maioria (54%), em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (40%), Unidades de Conservação (4%) e Terras Indígenas (2%).

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