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José Melo confirma pré-candidatura a Deputado Estadual e aposta em economia sustentável

O professor, que é pré-candidato a Deputado Estadual, também será o entrevistado do Programa Hora H.

09/11/2021 às 12h04
Por: Portal Holofote Fonte: Portal do Holanda
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Foto: Divulgação
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O ex-governador do Amazonas, José Melo, em visita ao Portal do Holanda falou sobre seus projetos para valorizar as riquezas e recursos naturais do Estado a partir de uma economia sustentável. O professor, que é pré-candidato a Deputado Estadual, também será o entrevistado do Programa Hora H, pelo jornalista Humberto Amorim no próximo dia 17.

Na visita ao Portal nesta segunda-feira (8), Melo disse que o Brasil possui 49% da floresta tropical da América do Sul, e um terço dela está no Amazonas. Isso, segundo ele, deve ser explorado de forma consciente. A estimativa é que o estado tenha 53 milhões de hectares passíveis de exploração legal e sustentável de madeira.

Mas como seria isso?

“Você tem uma área e divide ela em 10 pedaços, depois aprova um projeto ambiental, e no primeiro ano você pode tirar, por exemplo, 200 árvores velhas, aquilo é georreferenciado e você pode retirar. No segundo ano mais 200 árvores, no décimo ano fazendo isso, o primeiro lote retirado já estará renovado, e assim você fica num ciclo sem ferir a natureza, e a floresta vai se reconstituindo, e você tem um negócio lucrativo de alguns bilhões de dólares que é retirar madeira manejada, sem impacto ambiental”, explicou.

E como exportar essa madeira ?

“Defendo que essa madeira não saia em toras daqui, que ela seja pré-fabricada aqui, que saia pré-laminada, para gerar atividade econômica aqui”,

Melo lembrou que o Brasil é o 5º país do mundo que mais emite gases poluentes, e apesar de ter  a maior floresta tropical do planeta, por causa do desmatamento acelerado, acaba emitindo mais carbono (CO2) do que consegue absorver.

O mundo está se voltando para a questão ambiental...

Na COP 26, disse, estão sendo definidas novas regras para as emissões de carbono, para que a indústria atinja metas de neutralização das emissões.

"Com a COP as regras mundiais sobre a questão do sequestro de carbono terão que ser expostas, as florestas passarão a ter um valor econômico, quem tiver uma área de terra, vai atrair centenas de empresas para comprar ou alugar, para que o carbono que a sua empresa colocar na natureza seja sequestrado por esse pedaço de terra. Então temos um novo nicho na matriz econômica do Amazonas", explicou.

O professor aponta que um estudo estimou que a floresta em pé na Amazônia, pode gerar 3,6 bilhões de dólares em crédito de carbono, isso considerando apenas as 42 unidades de conservação estaduais.

Minérios

“ O Amazonas também é muito rico em minério. O  estado possui uma reserva de Potássio para abastecer o agronegócio por aproximadamente 80 anos, mas importa 90% do mineral” . Ainda de acordo com o professor, “ 96% do Nióbio do mundo todo também encontra-se em solo amazonense. As áreas do Rio Negro, Jutaí, Madeira, Japurá, Nova Olinda também são muito ricas em ouro.

"Se está sendo explorado deve ser regularizado, de forma sustentável  com regras. Todos esses garimpos vão extrair o ouro para uma indústria purificar de forma legal, gerando uma atividade econômica sustentável que gera emprego e renda para o povo daqui. Assim o garimpeiro vai trabalhar legalmente e vai gerar benefícios  para o povo", explicou o político afirmando que essa é uma das bandeiras que ele vai defender.

Investimento na ciência

O ex-governador afirma que o investimento na ciência é fundamental na criação da matriz econômica, e que ele vai defender que a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) tenha um grande centro de pesquisa com investimento em desvendar novos usos para os recursos naturais, e que esse conhecimento seja repassado.

UEA

"Eu defendo que a UEA seja o centro onde os grupos de pesquisa que estão por aí, possam interagir, no sentido de, com recursos do Estado e da Matriz, possa ter um imenso laboratório aqui, que possa ser um centro mundial de conhecimento de todo o trópico úmido, tudo sendo estudado para que no fim vire um produto", disse.

O professor também defende um projeto que explore de forma consciente nossas riquezas naturais como peixes e frutas tropicais.

"Em áreas antropizadas colocaria um projeto de peixes e frutas tropicais. O homem do interior que vive da pesca e tem um pedaço de terra, poderia ter tanques para criar peixes, e receberia um subsídio para manter esses tanques, e para transportar seu produto. O grande produtor teria uma regra de mercado, uma porcentagem ia para um fundo que ia levar esse subsídio para o pequeno", explicou.

Para a matriz ser implantada o Amazonas vai precisar de alguns eixos estruturantes como explicou o professor. "No futuro um grande porto precisa ser construído em Novo Remanso, e uma estrada duplicada de Manaus até o Novo Remanso para levar tudo que é produzido de lá pra cá e evitar que os navios deem a volta para chegar aqui. Outro eixo é um moderno porto em Manacapuru para que a produção do alto solimões chegue lá".

O ex-governador conta que pretendia implantar a matriz no seu mandato, defendendo que a floresta pode ser explorada de forma sustentável para que ela continue de pé.

"Volto agora como pré-candidato a Deputado Estadual para defender a implementação da matriz econômica ambiental".

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