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Secretário justifica pernoite de visitas em presídio no AM: 'Humanização', diz

05/01/2017 às 09h11
Por: Portal Holofote Fonte: Portal G1/AM
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Fonto: Vídeo Rede Amazônica
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O secretário de Estado de Administração Penitenciária, Pedro Florêncio, negou que o pernoite de visitas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) no fim de ano tenha contribuído para o massacre de 56 presos dentro da unidade no dia 1º deste mês. Ele disse que a autorização foi concedida como medida para promover a "humanização" dos detentos. A Umanizzare, empresa que administra o Compaj, afirma ter alertado o secretário sobre riscos.
O governo estadual havia permitido que cada um dos mais de 1,2 mil presos pudesse receber, ao menos, um acompanhante no Natal e no Ano Novo.
De acordo com Florêncio, a autorização de pernoite na cadeia foi concedida como medida para promover o bem-estar dos presos.
"Eu autorizei buscando a melhoria, ressocialização, a humanização das pessoas encarceradas. A coisa mais importante do ser humano é a sua família. Então, quando eu provoco ações que permitam que a família passe mais tempo com a pessoa encarcerada, naturalmente, eu dou uma condição a mais para essa pessoa se ressocializar", disse.

Alerta sobre riscos
Documentos obtidos pelo "Jornal Nacional" mostram que, antes da rebelião, a empresa Umanizzare alertou o secretário Pedro Florêncio dos riscos de se permitir visitas no fim do ano aos presos.
No dia 27 de dezembro, quatro dias antes da rebelião, Umanizzare disse que pediu providências imediatas e que, no dia 24, com autorização da secretaria do governo, os horários de visitas não foram respeitados, o que prejudicou a revista de celas e a contagem de presos.
Florêncio admitiu ao Jornal Nacional, no entanto, que não sabia do ofício da administradora sobre os possíveis riscos porque estava fora da cidade quando o documento foi enviado.

Entenda o caso
O primeiro tumulto nas unidades prisionais do estado ocorreu no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no km 8 da BR-174 (
Manaus-Boa Vista). Um total de 72 presos fugiu da unidade prisional na manhã de domingo (1º).
Horas mais tarde, por volta de 14h, detentos do Compaj iniciaram uma rebelião violenta na unidade, que resultou na morte de 56 presos. O massacre foi liderado por internos da facção Família do Norte (FDN).
A rebelião no Compaj durou aproximadamente 17h e acabou na manhã desta segunda-feira (2). Após o fim do tumulto na unidade, o Ipat e o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) também registraram distúrbios.
No Instituto, internos fizeram um "batidão de grade", enquanto no CDPM os internos alojados em um dos pavilhões tentaram fugir, mas foram impedidos pela Polícia Militar, que reforçou a segurança na unidade.
No fim da tarde, quatro presos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus, foram mortos dentro do presídio. Segundo a SSP, não se tratou de uma rebelião, mas sim de uma ação direcionada a um grupo de presos.

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