O Ministério Público e a Polícia Civil deflagraram a Operação Nababo, nesta quinta-feira (2), e cumprem 9 mandados de prisão temporária, além de medidas de busca e apreensão e sequestro de bens em Maués e Parintins.
Segundo o MP, o grupo é suspeito de fraudar emissão de alvarás para saque de valores de contas vinculadas a processos judiciais arquivados.
Durante a apuração constatou-se a existência movimentações processuais injustificadas incluindo nomes das partes e advogados estranhos aos processos, com posterior emissão dos alvarás, e, ainda, pagamento das movimentações processuais irregulares. O grupo também, colocava sigilo nos processos para dificultar o conhecimento do desvio e de seus rastros.
A investigação apontou indícios da participação de um servidor terceirizado do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Através da senha dele e de um outro suspeito, a investigação descobriu que houve diversas movimentações aparentemente inseridas nesta mesma dinâmica, com alvarás fraudulentos, em 6 comarcas, conforme apuração preliminar.
Levantamentos preliminares dão conta de que o prejuízo gire em torno de R$ 1,2 milhão, valores estes ainda em apuração e a serem confirmados.
O nome da operação decorre da exposição, em redes sociais, de elevado padrão de vida e ostentação por parte do principal suspeito, incompatível com sua remuneração no Tribunal de Justiça, que não justificaria o estilo nababesco exposto publicamente.
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