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'Testei positivo 43 vezes': o caso de covid-19 mais longo do mundo.

Dave testou positivo para a doença 43 vezes e só se curou 290 dias depois da infecção.

05/07/2021 às 08h22
Por: Portal Holofote Fonte: Globo.com
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Foto: via BBC News
Foto: via BBC News

Um britânico de 72 anos teve o caso mais longo de covid-19 já registrado no mundo.

Dave Smith, que é instrutor de autoescola e músico nas horas vagas em Bristol, no oeste da Inglaterra, contraiu a covid-19 em março de 2020.

Mas ele não esperava o que estava por vir.

Dave testou positivo para a doença 43 vezes e só se curou 290 dias depois da infecção.

"Todos os testes davam positivo. Uma semana depois, positivo. Rezava para que o próximo fosse negativo, mas nunca era", conta ele à BBC.

Quando contraiu a doença, seu sistema imunológico estava vulnerável por causa de um tratamento quimioterápico para tratar leucemia.

Dave afirma que, nesses dez meses com a covid-19, foi parar no hospital sete vezes. Ele conta ter perdido 63 kg durante o tempo em que teve a doença.

"Uma vez eu tossi por 5 horas sem parar. Não falo de tossir, parar, tossir, parar. Mas de tossir, tossir e tossir sem parar, por 5 horas. Consegue imaginar o cansaço que isso causa ao seu corpo?", relata.

A situação fez Dave e sua esposa, Lynda Smith, pensar que ele não sobreviveria.

"Houve momentos em que achávamos que ele não conseguiria (sobreviver)", afirma Lynda.

Dave conta que chegou a se despedir da família.

"Fiquei resignado. Liguei para minha família, fiz as pazes com todos e me despedi. Fiz uma lista com as músicas que queria que tocassem em meu velório", diz ele.

A melhora só veio ao fim de 10 meses de sofrimento. Dave foi tratado com um coquetel de remédios antivirais cedidos pela empresa americana Regeneron.

Quando recebeu a ligação de que havia testado negativo, ele não acreditou.

"Tínhamos uma garrafa de champanhe fazia não sei quanto tempo. Abrimos e bebemos. E nós nem bebemos", conta.

Não é possível, no entanto, afirmar que foi o coquetel de remédios o responsável pela melhora de Dave.

Ed Moran, médico do Southmed Hospital, onde Dave se tratou, diz que a única maneira de ter certeza disso é através de um estudo adequado.

"Havia uma chance pequena de que ele estava prestes a melhorar, por conta própria, e isso seria apenas uma coincidência. Isso seria uma história de paciente, uma anedota. Mas é bem convincente, já que ele estava mal fazia 10 meses ou mais e sua recuperação foi associada ao uso deste agente."

Cientistas da Universidade de Bristol agora estudam o caso de Dave para tentar entender como o coronavírus se comporta.

A ideia é descobrir como o vírus se esconde e sofre mutações no corpo humano, e como ele consegue infectar uma pessoa de forma persistente.

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