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Chefe da OMS pede investigação mais profunda sobre hipótese de fuga do vírus de laboratório chinês

Tedros Adhanom também criticou a falta de acesso dos especialistas aos dados

30/03/2021 às 16h08
Por: Fernanda Souza Fonte: O Dia
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Reprodução
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu nesta terça-feira (30) uma nova investigação sobre a hipótese de uma fuga do vírus da covid-19 de um laboratório na China e criticou a falta de acesso dos especialistas aos dados.

Embora os cientistas, que investigaram a origem do vírus na China em janeiro e fevereiro, estimem que essa possibilidade seja a menos provável, "isso requer mais investigações, provavelmente com novas missões com especialistas, o que estou disposto a implantar", assegurou.

Por sua vez, Estados Unidos e treze países aliados expressaram suas "preocupações comuns" em uma declaração conjunta sobre o relatório.

"É essencial expressar nossas preocupações comuns de que o estudo de especialistas internacionais sobre a origem do vírus SARS-CoV-2 foi significativamente atrasado e não teve acesso exaustivo aos dados e amostras originais", declara o governo americano com outros países, incluindo Reino Unido, Israel, Canadá, Japão, Austrália, Dinamarca e Noruega.

Na apresentação oficial do relatório conjunto dos especialistas da OMS e de cientistas chineses sobre a origem do vírus, o chefe da OMS disse que a investigação permitiu avançar no conhecimento "de forma importante", mas que gerou "outras questões que precisam de outros estudos".

O informe, ao qual a AFP teve acesso na segunda-feira (29), considera "extremamente improvável" que o coronavírus se deva a um acidente, ou a um vazamento de patógenos de um laboratório.

Nesta terça, porém, o doutor Tedros pediu una investigação mais profunda desta hipótese com "especialistas".

O chefe da OMS disse ainda que a equipe internacional de especialistas sinalizou ter tido "dificuldades" para "ter acesso aos dados originais", durante a estada na China.

"Espero que novos estudos colaborativos estejam baseados em compartilhar os dados de uma forma mais ampla e rápida", acrescentou.

O estudo dos especialistas favorece a teoria amplamente aceita da transmissão natural do vírus de um animal reservatório (provavelmente o morcego) para o ser Humano, por meio de outro animal ainda não identificado.

Entre os suspeitos estão o gato doméstico, o coelho ou o vison, ou ainda o pangolim e o furão-texugo.

A transmissão direta do vírus através um animal reservatório é considerada "possível a provável" pelos especialistas, que também não descartam a hipótese de transmissão por carne congelada - pista defendida por Pequim -, considerando esse cenário "possível".

O relatório recomenda a continuação dos estudos com base nessas três hipóteses, mas deixa de lado a possibilidade de transmissão para humanos durante um acidente de laboratório.

O relatório da OMS é "um primeiro passo útil", mas "novas investigações terão de ser realizadas", reagiu a União Europeia (UE) nesta terça, estimando que "ainda é necessário ter acesso a todos os locais apropriados e a todos os dados disponíveis".

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