Uma live para analisar o comportamento de Fiuk no BBB21, sob a ótica da psicanálise, pode acabar na Justiça. A responsável pelo conteúdo é a psicóloga Manuela Xavier. Ela foi notificada pela família do artista e pode responder a um processo caso volte a mencionar o nome dele na web.
O Metrópoles entrou em contato com Manuela por meio de seu advogado, Mattheus Dantas, sócio do escritório Dantas Santana Sociedade de Advogados. Ela contou que apesar de já ter recebido a notificação, de caráter extrajudicial, não deixará de se manifestar nas redes sociais.
“Não pretendo parar, vou seguir minha vida normalmente. Já falei de várias situações envolvendo participantes do BBB21, comento o reality nas minhas redes sociais há quatro anos. Busco explicar como as pautas que surgem em programas de tevê, filmes e músicas expõem situações do funcionamento social. Até do [Jair] Bolsonaro já falei”, afirmou Manuela.
Na live, realizada na semana passada, a mestre e doutora em psicologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro avaliou o comportamento do cantor durante sua participação no BBB21 e classificou-o como nocivos às sisters. O episódio em que Fiuk perdeu 500 estalecas por comer uma banana do VIP foi uma das cenas problematizadas. Mesmo com os vários títulos acadêmicos, ela foi citada como incapaz pela família do cantor e ator.
“Fiuk nunca vai chegar e te dizer que você é uma escrota ou filha da puta. Ele vai chegar e dizer que se magoou muito. Naquela situação da xepa, quando ele comeu a banana que não podia, ele quis dividir a culpa. Isso é uma característica típica de boy probleminha. É um tipo de cara que não mata no peito a responsabilidade”, comentou na live que se tornou alvo de questionamento.
As declarações foram registradas pela advogada de Fiuk, Talitha Zuppo. Ela teria participado da live, feito comentários hostis, criticado o desempenho de Manuela ao falar em público e seu profissionalismo.
“Eu não estou ali enquanto psicóloga, estou nas redes sociais como Manuela, feminista, militante, integrante de dois coletivos que oferecem assessoria jurídica gratuita para mulheres vítimas de abuso e violência”, rebateu.
À imprensa, Thalita alegou que Manuela não pode divulgar diagnósticos na internet, além de estar com o registro cancelado no Conselho Regional de Psicologia. De acordo com a profissional, a opção de abrir mão do documento foi sua. “Eu não atendo como psicóloga e sim como psicanalista, que não é uma profissão regulamentada pelo conselho. Sobre a acusação de que estou infringindo o código de ética, vale destacar que eu nunca analisei o Fiuk como paciente e, sim, o comportamento dele enquanto fenômeno social. É dever da psicanálise fazer uma reflexão crítica da sociedade”, defendeu-se.
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