Uma jovem de 21 anos denunciou, nas redes sociais, ter sido espancada pelo ex-marido. No post, ela faz um apelo desesperado: “Meu ex-companheiro não aceita o fim do relacionamento, que acabou justamente pelas inúmeras agressões. Estou sendo ameaçada de morte, meu filho mais velho e minha mãe também. Não tenho trabalho porque ele sempre me obrigou a ficar só em casa e, quando eu conseguia um emprego, ele me espancava de novo”. O caso aconteceu em Campo Grande (MS), nos últimos dia de 2020.
A mulher ainda conta que o casal tem um filho de 1 ano. A vítima também é mãe de uma criança de 3 anos, de outro relacionamento. Ela ainda alega que a medida protetiva que o obriga a manter distância não é respeitada: “Estou com meu rosto desfigurado e inchado, extremamente machucado, estou pedindo SOCORRO, faço esse apelo sem saber se amanhã estarei viva, por favor”.
De acordo com informações do UOL, o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher aponta crimes de lesão corporal qualificada pela violência doméstica, descumprimento de medida protetiva de urgência e ameaça de morte. Dez dias depois do registro e do apelo nas redes sociais, o homem, de 27 anos, se entregou e está preso preventivamente.
A mãe da vítima contou que o homem era agressivo desde o início do relacionamento, que durou pouco mais de dois anos. “Eles moraram na minha casa por seis meses e depois se mudaram. Pouco tempo depois, ela ficou grávida e ele bateu muito nela, pois não queria a gravidez. Ele chegou a ser preso e usou tornozeleira por três meses. Um mês depois de ser liberado, voltaram as agressões”, conta.
“Era para ela ter separado antes, mas ele disse que mataria ela e o bebê, por isso ficou quieta e suportou as agressões constantes”, acrescenta a mãe da mulher.
Mesmo com o ex-companheiro preso e com a medida protetiva, a família teve que se separar para tentar se resguardar das ameaças de morte: “Enviamos o filho mais velho para longe, porque ele disse que ia estourar a cabeça da minha filha, a minha e as dos meus netos. Estou desesperada. Agora minha filha está escondida longe daqui para evitar o pior”, desabafa a mãe da vítima.
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