Por conta dos protocolos de prevenção da Covid-19, os bancos de Manaus seguem atuando em horário reduzido, o que tem causado filas e aglomerações nos locais. A recomendação do Sindicato dos Bancários do Amazonas(SEEB) é evitar o atendimento presencial quando a situação pode ser resolvida de forma online ou através de aplicativos.
Após um decreto do Governo Federal, publicado no Diário Oficial em abril de 2020, os bancos se tornaram serviço essencial e seguem atuando na pandemia, mesmo que em horário e número de funcionários reduzidos. Mas, mesmo com as mudanças, a população segue reclamando do atendimento recebido.
De acordo com Fabrício Sampaio, o atendimento recebido na unidade é desumano. “Essa situação é desrespeitosa. Isso não é distanciamento social. O banco precisa dar um jeito de atender todos os seus clientes e resolver o problema de cada um”, afirmou ele.
Ainda de acordo com Fabrício, a prestação de serviços da unidade vem sendo deficitária, com o banco tendo demorado cerca de quatro meses para ter um problema solucionado. Além dele, uma senhora que estava na fila, esperando atendimento, afirmou que o banco não seguia os protocolos, sem funcionários aferindo temperatura e pessoas adentrando mesmo que estivessem tossindo ou sem máscara.
Para Nindberg Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários do Amazonas, mesmo com o crescimento da demanda, os bancos se esforçam para manter o atendimento. “Tem agência que fica em funcionamento até 17h/18h para atender a demanda da população, além de alguns colegas que ficam nos telefones de home-office atendendo a demanda da população”, explicou o presidente.
Ele lamentou o fato de que muitas pessoas procuram atendimento presencial sem necessidade, já que muitos serviços podem ser revolvidos por meio do atendimento nos canais online.
“Funcionários da linha de frente, do atendimento ao público estão se contaminando. O número de colegas afastados tem crescido a cada dia. As agências oferecem álcool, mas as pessoas não colaboram cumprindo o distanciamento necessário”, explicou.
Ainda de acordo com o presidente, por conta do desconhecimento tecnológico, a população ‘infla’ as áreas externas dos bancos.”Algumas pessoas não fazem o uso correto do aplicativo, principalmente no auxílio emergencial, em que apenas uma pessoa por telefone é permitida, com o bloqueio ocorrendo e só resolve com a ida a agência depois que bloqueia”, revelou ele.
Por fim, Nindberg avisa que o cenário pode piorar. “Na primeira quinzena, tem o pagamento de aposentados, com pessoas do grupo de risco indo aos bancos para receber, por não terem proximidade sem a cultura nova do Internet Banking e aplicativos, que não necessitam da ida a agencia”, encerrou.
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