Pesquisadores que estão focados em estudar a nova cepa do coronavírus que surgiu no Reino Unido recentemente, afirmam que a mutação permite ao vírus chegar mais rapidamente ao pulmão.Por isso, a doença se tornou mais contagiosa.
“Essa nova mutação se liga com maior rapidez à proteína ECA2, que está presente em abundância em nosso pulmão. Por isso o vírus chega mais rápido e com mais potência ao nosso organismo", explica o imunologista Eduardo Nolasco em entrevista a CNN.
Apesar disso, os cientistas afirmam que isso não torna a nova covid mais mortal: "Não há nenhuma evidência atual que sugira que a nova cepa cause uma taxa de mortalidade mais alta ou que afete vacinas e tratamentos, embora um trabalho urgente esteja em andamento para confirmar isso", diz um documento do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (NERVTAG).
Nessa segunda-feira (4), o Brasil confirmou dois casos da variante do vírus em São Paulo. Os infectados são uma mulher de 25 anos e um homem de 34, ambos tiveram contato com um homem que havia chegado do Reino Unido nos últimos dias. E enquanto os especialistas tentam desvendar detalhes da mutação, outro grupo acredita que as vacinas desenvolvidas até agora podem proteger também contra a variação:
"Os anticorpos induzidos pela vacina atuam bloqueando [no novo coronavírus] a proteína que ele usa para entrar na célula [a proteína S]. E estimula também a produção de células T, que atacam as nossas células que já foram infectadas. Com base nisso, a vacinação também é um mecanismo eficiente contra esta nova cepa", destaca Nolasco.
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