Depois de não conseguir a reeleição em Maués, o prefeito Carlos Góes, do PT, devido ao seu alto índice de rejeição popular, abandonou de vez a administração da cidade e a educação entrou em colapso. Alunos da rede municipal de ensino estão sendo liberados mais cedo, desde o início do mês de outubro, por conta da falta de merenda escolar. Avisos chegaram a ser afixados em frente aos educandários informando aos pais das crianças o horário antecipado da saída. Além disso, escolas da zona rural, estão paralisadas pela falta de professores e transportadores escolares. Aproximadamente 12 mil alunos estão prejudicados com esse problema.
Mas os problemas com a educação na Terra do Guaraná, não param por aí. De acordo como vereador Luiz Carlos Dinelli, além da falta de merenda ainda existe a questão do não pagamento do transporte escolar e os salários dos professores que atuam na Zona Rural do município que estão há meses sem receber.
“As escolas estão fechadas por conta da falta de pagamento dos professores. Alguns estão com salários atrasado há dois meses, e outros até foram exonerados”, disse o parlamentar. "Sobre o transporte a reclamação é de que estavam há três meses sem receber", completa.
O vereador Luizinho Canindé (PMN), contou que na zona rural já virou rotina as crianças estudarem apenas metade do horário e serem liberadas, antes do horário normal, pela falta de merenda, que segundo ele, nunca é o suficiente para o mês inteiro. “Eu mesmo pude presenciar quando visitava a comunidade de Alto Alegre, que exatamente no dia 24 de setembro, chegou merenda para o mês de setembro”, disse o vereador.
Merenda
A mãe de dois alunos, que preferiu não se identificar, relatou ainda que o cardápio dos alimentos servidos as crianças não é cumprido corretamente há meses nas escolas municipais, conforme cronograma, e que também nem sempre a merenda fornecida chega na data correta.
“Várias escolas estão sem a merenda escolar, e a minha preocupação se estende mais ainda. Se aqui na cidade está assim, como não deve estar as escolas da zona rural. Aqui não tem suprimento algum e quando eles enviavam, na maioria das vezes, eram em pequenas quantidades”, relatou a mãe.
A denunciante, que também é assistente administrativo, relacionou alguns dos educandários que enfrentam a falta de gêneros alimentícios, como por exemplo, as escolas Livro Aberto, Recanto Infantil, CEBEM, Salum de Almeida, Jandira Mac Comb e Clóvis Prado. A assistente administrativo tem dois filhos e dois netos que estudam na rede municipal de ensino, em Maués.
Merenda regularizada
O secretário de Educação do município de Maués, Luiz Gonçalves, disse que a falta de merenda nas escolas está regularizada. Gonçalves negou que o alimento das crianças, servido no intervalo das aulas, esteja em falta. “Ocorreram alguns problemas com os transportes dos alunos da zona rural, mas já conseguimos regularizar. As merendas também estão sendo fornecidas normalmente. Está tudo sob controle”, afirmou.
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