Givancir Oliveira, ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Amazonas, foi solto na última segunda-feira (8), e deve permanecer em Manaus aguardando julgamento. A decisão foi do juiz de direito Carlos Henrique Jardim da Silva, que responde pela 2ª Vara da Comarca de Iranduba.
O alvará de soltura tem base no ‘’pacote anticrimes’’, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2019 e que permite a revisão de prisões preventivas decretadas.
O advogado de defesa de Givancir, Silvio Costa, sustentou, ainda, no documento oficial, que a soltura não compromete a ordem pública. "Não tentou empreender fuga, tendo, inclusive, se apresentado voluntariamente na delegacia, tampouco compromete a instrução criminal, razão pela qual não haveria mais necessidade de manutenção da prisão’’, diz um trecho do documento.
Em entrevista, o advogado defendeu a inocência do suspeito, afirmando que a prisão preventiva foi realizada sem provas materiais e baseada em decisões políticas.
"Na verdade, ele nem deveria ter sido preso, ele se apresentou voluntariamente às autoridades policiais na época do ocorrido, foi ouvido e foi liberado. Acredito que a prisão foi baseada em pressão política dos oponentes'', disse o advogado.
"Não houve tentativa de fuga, ele prestou depoimento voluntariamente e não há provas materiais, Givancir não tentou de forma alguma interferir nas investigações. Ele permaneceu preso até ontem, injustamente'', defende o advogado Silvio Costa.
Na decisão de soltura, o documento exige cumprimento de medidas cautelares, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento semanal à justiça, entrega de passaporte, proibição de frequentar bares, casas de jogos, boates e similares.
Givancir deverá manter recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folgas, estando somente autorizado a se locomover do trabalho para a residência.
O acusado deve permanecer em Manaus enquanto aguarda o julgamento e está orientado a não se descolar até Iranduba sem acompanhamento policial, como forma de evitar represálias da população.
Homicídio de Bruno
Em fevereiro deste ano, Bruno de Freitas Guimarães foi assassinado e a prima dele identificada como “Tchelsy”, ficou gravemente ferida em uma tentativa de homicídio. Segunda a polícia, o crime seria uma emboscada e Givancir era o principal suspeito.
O ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Amazonas se apresentou voluntariamente à polícia para prestar esclarecimentos, acompanhado do advogado, e no mesmo dia foi decretado prisão temporária, que dias depois foi convertida em preventiva.
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