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'Tinha certeza que a enxada era para me enterrar', diz vítima de sequestro e estupro

Jovem foi resgatada após passar oito horas como refém e sofrer estupro em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo

04/06/2020 às 13h39 Atualizada em 04/06/2020 às 13h42
Por: Fernanda Souza Fonte: O Dia
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Reprodução
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Em entrevista ao portal Universa, da UOL, a jovem Kalliny Trevisan Maia, de 19 anos, contou detalhes sobre as oito horas em que passou sendo vítima de um sequestro em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo, na última segunda-feira.

"Tinha uma enxada, várias coisas. Tive certeza que sua intenção era cavar um buraco para me enterrar. Ele estava bem agitado. Continuei dizendo que só não queria morrer. Então ele me olhou e disse que eu não iria morrer hoje", contou ela. 

A jovem, que também foi estuprada, relatou o medo sentido na ocasião: "Foi questão de segundos: ele enrolou o fio e começou a me enforcar. Consegui subir um pouco o corpo de modo que a tentativa falhou. Com as mãos soltas, segurei a corda afrouxando um pouco e ofereci 20 mil reais para ele me soltar. Disse que seria pago pela minha família na mesma hora, caso ele concordasse. Só não queria morrer".

A polícia prendeu o suspeito, que teria abusado de outra mulher há 19 anos e tinha antecedentes. Ele responderá por sequestro, cárcere privado e abuso sexual.

O homem monitorou a rotina de Kallinny e verificou onde ela estacionava o carro, calculando os pontos cegos das câmeras de vigilância. Ele a abordou e colocou em seu veículo rapidamente, quando a modelo chegava ao trabalho, um laboratório de produtos naturais. Ela conseguiu gritar e foi ouvida por um segurança que reconheceu sua voz e acionou a polícia.

Kallinny foi encontrada oito horas depois no porta-malas do carro dirigido pelo suspeito. Ela estava com arranhões no pescoço e um ferimento na boca.

Em depoimento ao Universa, a jovem alertou outras mulheres: "Ninguém sabe quem vai ser a próxima. Ser mulher é muito difícil".

"Gostaria que outras mulheres que passaram por isso tenham coragem para denunciar e seguir em frente. Hoje estou feliz porque estou viva. Sei que a dor psicológica vai durar por muito tempo, mas com isso eu posso lidar. Meu pedido foi atendido: quando estava ali, só queria sair, voltar para casa e para a minha família", concluiu.

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