O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores que integrantes de grupos antifascistas que planejam protestos contra seu governo no próximo fim de semana são formados por “marginais e terroristas”.
Ao falar com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, na noite de terça-feira (02/05), o presidente também defendeu que haja retaguarda jurídica para atuação policial nas manifestações.
“Começou aqui com os antifas em campo. O motivo, no meu entender, político, diferente [dos protestos nos Estados Unidos]. São marginais, no meu entender, terroristas. Têm ameaçado. Domingo vai fazer movimentos pelo Brasil, em especial aqui no DF”, disse Bolsonaro.
No dia anterior, o presidente já havia pedido para que neste próximo domingo, seus apoiadores deixassem de ir para as ruas se manifestarem. Isso ocorreu após os confrontos registrados entre grupos bolsonaristas e outro, puxado por torcidas organizadas de times de futebol, no Rio de Janeiro e em São Paulo, no último fim de semana.
“Eu já disse que não domingo não tenho influência, não tenho nenhum grupo e nunca convoquei ninguém para ir às ruas. Agradeço, de coração, essas pessoas que estão na rua apoiando o nosso governo. Agora, nós precisamos de uma retaguarda jurídica para que nosso policial possa bem trabalhar em se apresentando um crescente deste tipo de movimento que não tem nada a ver com democracia”, disse o presidente.
Bolsonaro também citou os protestos ocorridos em Curitiba e disse que o Brasil não pode se transformar “em um Chile”, onde manifestações contra o governo tomaram as ruas por semanas.
“Não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile. Não podemos admitir isso daí. Isso não é democracia nem liberdade de expressão. Isso, no meu entender, é terrorismo. A gente espera que este movimento não cresça, porque o que a gente menos quer é entrar em confronto com quem quer que seja”, disse Bolsonaro.
Racismo
O presidente ainda comentou as manifestações antirracistas nos Estados Unidos deflagradas após a morte de morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial branco, na cidade de Minneapolis, mesmo sem apresentar resistência à prisão.
“Estados Unidos: lá o racismo é um pouco diferente do Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta. Como é que pode aquilo ter acontecido? Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga. Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que não gostaria que acontecesse no Brasil. Logicamente que qualquer abuso você tem que investigar e, se for o caso, punir. Agora, este tipo de movimento, nós não concordamos”, afirmou.
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