Uma manifestação em defesa de democracia e contra o avanço do fascismo no Brasil reuniu pelo menos 5 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (31).
Ao longo do protesto, os manifestantes gritaram palavras de ordem como “chega de sistema opressor” e “periferia não apoia ditadura”.
“Temos visto um movimento crescer no país, encabeçado pelo presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, de uma ameaça de golpe militar”, comentou Chico Malfitani, fundador da Gaviões da Fiel.
“Os partidos não se organizam. Então nós que somos o povo nos organizamos e viemos para a rua”, destacou.
“O Corinthians é o povo. Estamos aqui para representar mais de 70% da população que é contra a ditadura e a favor da democracia”, diz Chico, que organizou o ato e é historicamente envolvida com mobilizações sociais.
Membros de torcidas do Palmeiras e do São Paulo também participaram do ato e levantaram cartazes com dizeres como “pela vida e pela democracia”.
Os organizadores reiteram que a reivindicação era “única” e “imediata”.
“É uma mobilização da sociedade, onde coletivos que têm amor por sociedades esportivas distintas se unem contra o fascismo vigente no país”, disse Rodrigo Cardoso, torcedor do Palmeiras e integrante do Coletivo Antifascista.
“O repúdio ao nazismo e a intolerância conseguiu unir quem nunca havia andado junto antes”, avaliou.
Os casos de violência policial contra a população negra e da periferia estavam entre as motivações das pessoas que foram às ruas.
Os organizadores do ato orientaram que os manifestantes respeitassem as orientações de distanciamento social e usassem máscaras.
Houve tumulto provocado por manifestantes contrários ao ato pela democracia que tentaram se aproximar.
Esses manifestantes defendiam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Do Congresso Nacional e faziam ofensas aos profissionais de imprensa.
O ato terminou com repressão da Polícia Militar.
A PM uso bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes pró-democracia.
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