A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) solicitou reforço na segurança de três unidades prisionais de Manaus após ameaças de rebeliões feitas pelos detentos. Os internos reivindicam o retorno de líderes de grupos criminosos para os presídios de Manaus. Ao Portal G1, o secretário Pedro Florêncio afirmou nesta terça-feira (18) que um trabalho preventivo está sendo realizado.
Florêncio diz que as ameaças de possíveis rebeliões foram identificadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e comunicadas à Seap.
"Recebemos essas informações com cautela e serenidade. O Estado não pode ser afrontado, não pode ser ameaçado. Não adianta fazer rebelião para exigir o retorno de líderes deles porque isso não vai acontecer, a não ser juridicamente. Fomos dialogar com os internos e eles desmentiram a possibilidade de rebeliões", disse.
O secretário afirma que durante um encontro com o secretário da SSP, Sérgio Fontes, um reforço na segurança de três unidades prisionais foi solicitado. Segundo ele, as ameaças foram identificadas na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), no Centro de Detenção Provisória (CDP) e no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).Florêncio afirma que as ameaças feitas pelos detentos não possuem relação com as rebeliões que ocorreram nos estados de Rondônia e Roraima.
"Nesses locais está havendo uma guerra entre facções criminosas. Existe a ameaça, nós nos antecipamos e fomos para as unidades prisionais. Reforçamos o policiamento e estamos dialogando com a massa carcerária. Identificamos os pontos de tensão e retiramos os presos que estavam ameaçados de morte. Com isso nós conseguimos evitar a mesma situação dos outros estados", concluiu.
Apesar do reforço na segurança, Florêncio ressalta que a visita de familiares dos detentos não foi suspensa. O Portal G1 entrou o contato com a SSP-AM e aguarda resposta.
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