“Ele aparentava ser uma pessoa boa”, disse Neylla Pinheiro Mota, em relação ao técnico judiciário Rafael Fernandez Rodrigues, 31, principal suspeito do homicídio da filha dela, a miss Manicoré Kimberly Karen Mota de Oliveira, de 22 anos. Ao jornal, a mãe da vítima relatou que não desconfiava que Rafael pudesse violentar a filha.
“Eu falava com ele pelo WhatsApp, ele queria vir a Manicoré para me conhecer e pedir [permissão] minha para namorar com ela”, relatou.
Neylla negou o pedido de Rafael, devido à pandemia de Covid-19, mas afirmou que os dois poderiam se encontrar, se ele tivesse paciência.
Ciúmes
A familiar informou que Kimberly havia terminado o relacionamento com Rafael após dois meses de namoro, pelo fato de ele ter agido de maneira muito ciumenta. “Ela disse: ‘mãe, não tá dando certo, porque ele é muito ciumento. Eu vou me separar dele’. Depois de dois dias [após o término], ele começou a mandar muitas flores pra ela”, afirmou.
O corpo de Kimberly foi velado em Manicoré.
Dia do crime
A família soube do ocorrido por meio de uma amiga da filha. Neylla havia perdido contato com a miss desde o dia 10, domingo, após última troca de mensagens com Kimberly, ocorrida às 22h38. “Na segunda-feira, eu mandei mensagem pra ela, que não me respondeu mais. Quando a gente não conseguiu falar mais com ela, entramos em desespero”, disse.
Os familiares chegaram a espalhar pedidos de ajuda nas redes sociais, devido ao desaparecimento da jovem.
Segundo a delegada Zandra Ribeiro, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o corpo de Kimberly foi encontrado na madrugada de terça-feira (12). Três facadas foram identificadas no corpo da jovem.
Foragido
A Polícia Civil de Roraima (PC-RR) criou uma força tarefa formada por investigadores e policiais militares para auxiliar a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) nas buscas por Rafael, que adentrou o estado após passar pelo posto de fiscalização de Jundiá, no município de Rorainópolis, distante 211 quilômetros em linha reta de Boa Vista (RR) e preencher um boletim epidemiológico. O homem encontra-se foragido da Justiça.
Texto: Felipe Távora
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