O Ministro da Saúde Nelson Teich apresentou, nessa segunda-feira (11), as linhas gerais da estratégia de gestão de risco, para estados e municípios adotarem o isolamento social. A proposta trabalha com 4 eixos: capacidade instalada do serviço de saúde, com leitos ocupados; indicadores epidemiológicos; velocidade de crescimento da doença e a mobilidade urbana.
Com os indicadores de cada eixo, as localidades serão classificadas em níveis de distanciamento, prevendo medidas graduais de isolamento seletivo, ou vertical; ampliado ou horizontal; até a restrição máxima, também conhecida como lockdown.
Teich afirmou que a diretriz deve ser aplicada conforme a realidade de cada lugar, para que estados e municípios possam adotar as estratégias locais de enfrentamento ao novo coronavirus, através do isolamento social. Os detalhes da proposta não foram divulgados.
A versão final do documento deve ser apresentada na quarta-feira (13), após reunião com os secretários estaduais e municipais de saúde, que ainda não deram aval ao texto.
O ministro também propôs uma nova abordagem mais precoce de enfrentamento ao coronavírus, com atendimento ambulatorial aos sintomas iniciais. A proposta é reduzir a infecção na parte mais crítica, evitando a necessidade de internação e da respiração mecânica, que é o grande entrave hoje.
Teich afirmou que o Ministério da Saúde não proíbe o uso dos medicamentos que estão sendo testados, mas ainda não recomenda a utilização, pela falta de testes clínicos. O ministro disse ainda que o Brasil deve fazer parte de um grupo de países que vão testar uma vacina para covid-19.
Segundo dados divulgados pelo o Ministérios da Saúde, já foram repassados R$5 bilhões, para estados e municípios tratarem infectados pelo novo coronavírus. Além disso, foram repassados outros R$33 bilhões, recursos rotineiros de custeio do SUS.
Até o final de maio, 2.600 respiradores, produzidos por empresas brasileiras, serão entregues nos locais definidos como prioritários.
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