Pouco mais de 12 horas após iniciar um incidente diplomático com a China ao comparar o comportamento do governo asiático no caso do coronavírus com a censura soviética ao acidente nuclear na usina de Chernobil, em 1986, o deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)voltou ao Twitter para se explicar – e fazer novos ataques.
Em nota postada na tarde desta quinta-feira (19/03), o parlamentar alegou que jamais ofendeu o povo chinês – acusação feita pela embaixador do país no Brasil, Yang Wanming.
“Esclareço que compartilhei postagem que critica a atuação do governo chinês na prevenção da pandemia, principalmente no compartilhamento de informações que teriam sido úteis na prevenção em escala mundial”, alegou, antes de apelar para a “prerrogativa da imunidade parlamentar” que possui como deputado.
Eduardo afirmou também que Wanming “demonstrou irritação com meu post e direcionou erroneamente suas energias no compartilhamento de posts ofensivos à honra de minha família – este sim um fato grave e desproporcional”.
Ele fez ainda novas críticas ao governo chinês: “O governo atual da China bane plataformas como Twitter, Facebook e Whatsapp, que tem [sic] sido fundamentais no esclarecimento de dúvidas da população mundial quanto à atual pandemia“, escreveu.
Itamaraty no ataque
Minutos antes da postagem de Eduardo, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também se manifestou atacando o embaixador chinês por postagens feitas pelo perfil da embaixada, com críticas e ataques à família Bolsonaro.
“É inaceitável que o Embaixador da China endosse ou compartilhe postagem ofensiva ao Chefe de Estado do Brasil e aos seus eleitores, como infelizmente ocorreu ontem [quarta-feira] à noite”, publicou Araújo na tarde desta quinta-feira (19/03) nas redes sociais.
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