O julgamento do delegado Gustavo Sotero, acusado de matar o advogado Wilson Justo Filho, no dia 25 de novembro de 2017, dentro de uma casa noturna na Zona Oeste de Manaus, foi adiado para os dias 27, 28 e 29 de novembro deste ano após a justiça identificar um equívoco em relação à seleção dos jurados.
O caso estava previsto começar a ser julgado nesta terça-feria (29), no Fórum Ministro Henoch Reis, na Zona Centro-Sul de Manaus. Conforme o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), o júri seria concluído em três dias.
De acordo com o juiz da 1ª vara, Celso de Paula, houve um problema procedimental no controle dos nomes das pessoas que compõem o júri. O juiz explicou que das 39 pessoas inscritas para julgar o caso, apenas oito constavam no Diário Oficial do Tribunal de Justiça.
"O julgamento foi adiado devido a um requerimento feito pelos advogados de defesa ao Ministério Público. As duas partes concordaram pelo adiamento e o juízo deferiu", explicou Celso de Paula.
O advogado de Gustavo Sotero, Cláudio Dalledone, afirmou que a defesa constatou uma falha de verificação da Ordem dos Advogados Brasil no Amazonas (OAB-AM).
"A OAB está muito preocupada em condenar o Sotero. Ela tem que fiscalizar. Não poderíamos deixar o julgamento iniciar com um erro que poderia anular todo o trabalho", frisou o advogado de defesa de Sotero.
Em resposta, Marco Aurélio Choy, presidente da OAB-AM, afirmou que a entidade não é responsável pelos erros procedimentais e acrescentou que cumpriu as funções no caso.
"Agora a OAB é responsável por tudo o que acontece na vida de Gustavo Sotero. Só faltou a OAB entregar a arma para ele e realizar os disparos”, ironizou Choy. Ele acrescentou que o pedido de adiamento foi feito pela defesa de Sotero e que a OAB concordou.
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