Os Estados Unidos realizaram uma operação cibernética secreta contra o Irã após os ataques de 14 de setembro a instalações petrolíferas da Arábia Saudita, que Washington e Riad atribuíram a Teerã, disseram duas autoridades dos EUA à Reuters.
As fontes, que pediram anonimato, disseram que a operação ocorreu no final de setembro e visou a capacidade iraniana de disseminar “propaganda”.
Uma das fontes disse que o ataque afetou equipamentos, mas não deu maiores detalhes. O ataque enfatiza como o governo do presidente Donald Trump vem tentando se contrapor ao que vê como uma agressão iraniana sem desencadear um conflito mais amplo.
Indagado sobre a reportagem da Reuters nesta quarta-feira (16), o ministro das Comunicações e Tecnologia da Informação do Irã, Mohammad Javad Azari-Jahromi, respondeu: “Eles devem tê-lo sonhado”, como noticiou a agência de notícias Fars.
EUA, Arábia Saudita, Reino Unido, França e Alemanha atribuíram os ataques de 14 de setembro publicamente ao Irã, que negou envolvimento na ação. O grupo militante houthi do Iêmen, aliado de Teerã, assumiu a responsabilidade.
Publicamente, o Pentágono reagiu enviando milhares de tropas adicionais e equipamentos para reforçar as defesas sauditas – a mobilização mais recente dos EUA na região neste ano.
O Pentágono não quis comentar o ataque cibernético.
“Você consegue fazer estragos sem matar pessoas ou explodir coisas; isso acrescenta uma opção ao pacote que não tínhamos antes, e nossa disposição de usá-la é importante”, disse James Lewis, especialista cibernético do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, sediado em Washington.
Lewis acrescentou que pode não ser possível deter o comportamento iraniano nem mesmo com ataques militares convencionais.
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