“Perdi dois filhos, um morto covardemente e outra que virou um mostro e mandou matá-lo”. Esse é o forte depoimento da dona de casa Maria de Nazaré Melo, de 64 anos, ela presenciou o filho, o técnico em informática Antônio Ferreira da Silva Júnior, 44, ser morto com aproximadamente 10 facadas. O crime aconteceu há 19 dias, na tarde desta terça-feira (3), Pedro Henrique da Silva Pinto, de 30 anos, suspeito de cometer o homicídio, foi apresentado à imprensa.
A idosa ainda afirmou ao Em Tempo, que a filha, uma microempresária, é a mandante da morte do técnico em informatica.
"Foi inveja e ambição. Porque ela recebe pensão do ex-marido e não estava repassando nada para a enteada, que ficou órfã. O Antônio vendo essa situação falou que seria testemunha contra ela na Justiça", disse Maria Nazaré.
A mãe da vítima ainda contou que os irmãos discutiam com frequência. "O Antônio gastou R$ 14 mil consertando uma picape dela. Ela tinha um relacionamento com o Pedro e queriam se apropriar do carro, o Antônio só pediu o dinheiro que gastou de volta. E passou a ser ameaçado", relatou a idosa.
"Essa minha filha tem uma frota de quatro caminhões, antes do crime ela tinha deixado claro iria acabar com a vida do Antônio, e poderia até vender um dos veículos para conseguir o objetivo. Virou um mostro, que não reconheço como filha", lamentou Nazaré.
A morte
O crime aconteceu no dia 16 de agosto deste ano, no momento em que Antônio conduzia um veículo ocupado por mais três pessoas, na rodovia estadual AM-330, com destino ao município de Silves, distante 204 quilômetros em linha reta da capital.
Na ocasião, Pedro e um comparsa identificado apenas como "Fabiano" seguiram a vítima, bateram propositalmente no carro dela e em seguida o suspeito foi até o carro em que estava e desferiu golpes de faca que causaram a morte do técnico em informática.
Pedro foi indiciado por homicídio qualificado. Ele foi encaminhado ao 1º Distritio Integrado de Polícia (DIP), o suspeito foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).
A Polícia Civil investiga o envolvimento da irmã da vítima no caso. O comparsa continua foragido.
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